Capítulo 11

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Olá, galera da fofoca!

Quem será a nova garota que está saindo com nosso arquiteto? Ela é tão misteriosa. Alguém já sabe onde essa garota mora? Qual o nome dela?Estamos curiosos... Ela é muito bonita apesar de usar aqueles vestidos bregas. Acho que alguém precisa atualizar os looks.

– Eles me chamaram de brega? – falei com raiva ao ler a notícia.

– Manu! Eu consegui enxotar o corretor gostosão. Ele não vai mais pisar aqui – soltou Samuel, escancarado a porta.

Ao longo da semana, nós dois fazíamos de tudo para que o corretor de imóveis não tivesse contato com o meu patrão. Uma vez que, eu já tinha feito um negócio para recuperar o prédio.

— O que aconteceu? — perguntou Samuel ao ver minha expressão.

— Estão falando mal das minhas roupas.

Ele franziu a testa.

– Do que você está falando?

Meu amigo encostou seu queixo em meu ombro, tentando ver melhor a tela do computador. Sua testa franziu com curiosidade e de repente, seus olhos cresceram em espanto ao ler a notícia presente ali.

– Caramba! Você é famosa agora.

– Eu?

Ele revirou os olhos azulados.

– Claro. Você fisgou o André, eles querem saber quem é você.

– Você sabe que é tudo de mentira.

– Mentira ou não, você é a patroa agora – rebateu Samuel.

Meu celular vibrou em cima da mesa.

Atendi a chamada, sem nem prestar atenção no nome que brilhava na tela.

– Alô?

– Manuela? Sou eu, André.

Falando no cretino.

– Qual o problema agora, hein?

Ele riu.

– Nada demais. Só queria saber como a minha namorada está.

– O que você disse?

André tinha dito namorada. Certo?

– Então, estive conversando com o senhor Giovanni e ele perguntou como andava meu namoro – ele falou as últimas palavras pausadamente. – Pode me explicar que droga é essa Manuela?

– Não me diga... Ai, caramba. Eu sinto muito! Não foi minha intenção André, mas aconteceu. Mil perdões. Eu não queria envolvê-lo nisso.

Terminei de falar quase sem fôlego, depois de tagarelar uma porção de frases sem qualquer pausa. Tinha certeza que, André não tinha entendido nada do que falei.

– Em que confusão você andou se metendo, Manuela?

Fiquei vermelha. E Samuel que escutava toda nossa conversa ficou curioso, com minha inquietação iminente.

– Foi tudo um mal entendido.

André ficou mudo por um instante.

– De qualquer forma, já estão falando mesmo. Você viu as notícias?

– Já sim. Eles me odeiam – confessei. – Acham que sou brega.

– Sinto muito pela exposição — falou sincero.

Suspirei.

– Acho melhor a gente não se falar por um tempo. Com certeza, não vou entrar mais no seu carro.

– Até parece, Manuela. Precisamos resolver tudo isso logo – cuspiu André. – Tenho um negócio importante para fechar.

— Eu sei.

— Não vai mesmo me contar porque disse ao seu patrão que eu sou seu namorado?

– Lá vem você de novo. Não tem nada demais – resmunguei.

André gargalhou.

– Posso apostar que tem sim. Eu necessito saber dos detalhes.

– Foi só uma coisa estúpida que meu amigo inventou! – disse, fulminando Samuel com o olhar.

– Eu não acredito nisso. Me liga mais tarde, tá? Preciso te ver quando sair do trabalho.

A chamada encerrou e fiquei parada como uma boba encarando o telefone. Fala sério! Aquele arquiteto maldito só podia estar curtindo uma com a minha cara, mas por alguma razão desconhecida, senti meu coração errar uma batida no peito.

– Que foi? – perguntei irritada, ao notar Samuel me encarando de um jeito esquisito.

– Você gosta dele. Está caidinha por André Ribeiro.

Doce MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora