αntes | 𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒕𝒂́𝒗𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒂 𝒖𝒎 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐...

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oi:(

Meu pai costumava dizer que eu era uma criança apaixonada pelas coisas

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Meu pai costumava dizer que eu era uma criança apaixonada pelas coisas. Alguém que, de tão pura, era incapaz de gostar pouco de algo, colocando todo o amor e sentimento em tudo a sua volta.

Eu amava meus pais e amava meus irmãos. Amava a chuva, o vento no rosto, o silêncio. Amava o violino, amava tocar e amava mais que tudo poder demostrar todo esse sentimento através da música. Amava o cheirinho de pipoca do cinema, sair com Maísa sempre que podia e amava poder pelo menos um pouco ser alguém normal.

Amava mesmo. Não gostava, não pouco, mas com todo o meu coração e intensidade.

─── Ei Tiana, vai querer jogar também?

Ben perguntou, dando-me um sorriso gentil. Encolhi os ombros, balançando a cabeça ainda encostada na cadeira.

─── Não, valeu. Prefiro assistir. ─── Respondi.

─── Ah, qual é! Aposto que você escondendo seu potencial. ─── Riu.

─── Talvez eu esteja. Não acho que vocês estejam preparados para isso. ─── Maísa se reencostou na cadeira assentindo, rindo também. ─── Mas declaro minha torcida a você ou Maísa.

─── Confia em mim. Ela ganhou a última por sorte─── zombou. Minha amiga lhe entrou um olhar indignado.

Estalei os dedos nos bolso, ainda nervosa pela aproximando repentina do garoto ao meu lado quando percebi que ele nem se quer tinha se movido para sair.

─── Parece que 'cês são amigas há muito tempo.

─── Desde os seis. ─── Respondi. ── Éramos vizinhas até que ela se mudou para a rua de trás.

Pelo canto dos olhos eu vi ele assentir.

─── Legal. ─── Comentou, antes de rir. O encarei confusa. ─── Teu irmão super hiper mega protetor vindo pra cá. Ele vai acabar comigo, fia.

Foi só o tempo dele dizer antes que uma sombra cobrisse nós dois. Raffael cruzou os braços na altura do peito, olhando para Thur com a sobrancelha arqueada, tornando-se cômicamente sério.

─── Tudo bem por aqui?─── Deixei a cabeça cair para o lado, sem vontade nenhuma de gastar paciência com ele. ─── Pensei que você tivesse aula agora, Tina.

─── Ninguém tem aula no intervalo, Raffael, é por isso que se chama intervalo. ─── Respondi. ─── Por que você está aqui?

─── Vim ver se você está bem.

Ele nos analisou por um tempo.

─── Você sabe, a mãe disse que...

─── Eu sei o que a mãe disse. ─── O cortei antes que terminasse. ─── Estou bem. Você não precisa fazer isso todo dia.

𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒂 𝒄𝒉𝒖𝒗𝒂 𝒗𝒊𝒆𝒓 • loud thurOnde histórias criam vida. Descubra agora