bom dia professora Helena!
Raffael estava com uma tromba enorme no rosto desde o café da manhã. Seja lá o que tivessem comentado fora da minha presença, não tinha o feito ficar com o melhor do seu humor e o resultado disso era sua expressão fechada além do silêncio.
Eu queria rir porque sabia que era ciúmes, mesmo que ele não dissesse. Na verdade, ontem, logo quando cheguei, ninguém da minha família ousou dizer nada sobre o encontro, mas eu os encontrei fazendo coisas totalmente aleatórias pela casa se estivessem sempre fazendo isso e não me bisbilhotando.
E hoje de manhã todos me davam olhares sutis, como se estivessem esperando que eu desse brecha para entrar no assunto, porém não era algo que eu iria fazer e também não cheguei a me preocupar.
─── BOM DIA MEU AMOR! ─── Maísa gritou assim que nos encontramos, como em todos os dias para ir para a escola.
Seus braços rodearam meu pescoço e ela me deu um abraço firme porém animado, quase quebrado os meus ossos.
─── Ei... ─── Eu disse.─── Bom dia.
Minha amiga me soltou, com um sorriso pretensioso antes de virar o olhar para meu irmão e arquear a sobrancelha, em questionamento.
─── E para você aparentemente não tanto, hein? Bom dia, Raffael!
Meu irmão a olhou por um breve momento, antes de acenar com a cabeça e seguir o caminho à nossa frente. Eu ri.
─── Que bicho mordeu ele?
─── Ele está assim por causa de ontem.
Maísa rolou os olhos.
─── Ele é um idiota, sério! ─── Bufou. ─── Mas e aí? E ontem?
─── Tudo o que aconteceu eu te disse ontem. Foi divertido, eu gostei.
─── Mas só isso? Não rolou um clima nem nada? Nem um beijinho?
Meu rosto esquentou e automaticamente eu escolhi os ombros. Minha amiga arregalou os olhos, com a boca aberta em um O perfeito.
─── VOCÊS SE BEIJARAM?
Eu segurei seu braço, mais embaraçada ainda quando Raffael olhou para trás.
─── Fala baixo pelo amor de Deus e não. Não aconteceu nada?
─── Não? ─── Ela parecia decepcionada. ─── Mas ia?
─── Eu acho que sim. ─── Eu ri baixo.─── Mas aparentemente minha família estava toda esperando a gente voltar e resolveram atrapalhar.
Maísa gargalhou alto, chamando mais atenção do que naturalmente já chamava com seu jeito escandaloso. Coloquei as mãos nos bolsos, andando no meio fio e esperei seu surto diminuir.
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FanfictionTHUR (LOUD) | ConcluĂda â Tiana sempre amou a chuva. Sempre amou as gotas escorrendo na sua janela, o toque melancĂłlico e poĂ©tico que ela trazia e a sensação de aconchego em meio ao caos. Ela gostava tanto ao ponto de passar horas encarando o cĂ©u, d...