16: Seja espontâneo

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Carta: Dois de copas (alma gêmea, mutualidade, felicidade, amizade, reciprocidade)

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Carta: Dois de copas (alma gêmea, mutualidade, felicidade, amizade, reciprocidade)

Playlist: https://open.spotify.com/playlist/5Ja8sl2MkN5NYI7uL4jqw3?si=2b3185f139c74f52

Enquanto Jade não voltava, Áster estava sentado em frente a sua penteadeira virado de lado, olhando para a janela.

Não era como se estivesse esperando o outro.

Na verdade, alguma coisa o estava incomodando desde cedo.

O tempo ensolarado de primavera de repente deu uma amostra de dia chuvoso de verão; depois de dias a fio com sol forte as nuvens finalmente se tornaram escuras e a temperatura fria.

O Arcana esteve relativamente movimentado durante o dia com o ensaio dos outros, mas à noite parecia um lugar abandonado no topo da colina.

Ele não gostava da sensação.

Áster se voltou para a mesa depois de fechar a janela, embaralhando as cartas para tirar algumas como sempre fazia.

Seu spread favorito e ao mesmo tempo o mais odiado era o mesmo, três cartas, para passado, presente e futuro.

Ele abriu a primeira carta, dois de pentáculos. Realmente esteve lidando com problemas e tentando equilibrar as coisas, na verdade quando isso teria fim? Ele aproximou a palma da segunda, virando também. Dois de copas. A reunião entre duas pessoas, amizade próxima, mutualidade. Os olhos do Mágico se voltaram mais uma vez para a janela lá fora. Dois de copas em um dia em que ficou sozinho e afastado dos amigos? Ele não devia estar concentrado o suficiente para jogar cartas.

A terceira carta era como sempre dispensada.

Ele achava que talvez ler a carta do futuro não significasse muita coisa, além da expectativa de que aquilo iria se concretizar, e quem sabe até mesmo acabar manipulando os eventos para obter aquele resultado.

Não era uma certeza de que realmente aconteceria, fosse o que fosse.

Ele devia ter encarado o verso daquela carta por muito tempo, porque o trem ficou completamente silencioso em seus outros vagões.

Uma pena, nem tinha visto Quimera ou conversado com ela ultimamente, os dois calados se mantinham igual, e Dálio estava super atarefado apadrinhando Jade no circo, como ele mesmo disse.

Eles precisavam se reunir logo e aproveitar uma noite de jogos e conversa.

Precisava cuidar melhor dos quatro.

Precisava cuidar melhor do Arcana, porque ele representava mais que um circo.

Era um laço.

O Mágico nem percebeu quando tinha se aproximado da janela, olhando para a tenda roxa e amarela do lado direito, com a bandeira da ponta sendo agitada pelo vento frio.

A Queda de ÁsterOnde histórias criam vida. Descubra agora