Capítulo 15

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–Se ainda não disse, vou dizer agora: você está deslumbrante – Marco disse ao segurar a mão de Ana enquanto ela saía do carro.

A garota deu uma risadinha.

– Você já disse isso uma ou duas vezes. Obrigada. De novo.

Marco sorriu, lindo em um smoking preto e usando uma máscara preta que só cobria o nariz e a região dos olhos, oferecendo o braço para ela enquanto se dirigiam ao luxuoso hotel onde o baile de máscara beneficente estava sendo realizado.

Ana se sentia deslumbrante em seu vestido de cetim preto com saia rodada e minúsculas mangas que escorregavam dos seus ombros, o corpete ajustado coberto de centenas de lantejoulas azuis e verdes.

Não havia muitas opções na loja de fantasias, mas ela conseguira achar uma máscara azul- celeste adornada por um fio dourado e com uma cascata de penas azuis e verdes de um lado. Era delicada e linda e única, e ela gostara de imediato. Lembrava beija-flores.

Sua intenção tinha sido usar um longo simples, mas bonito que comprara para o casamento de um amigo no ano anterior, mas, ao passar por uma loja de roupas vintage, viu o vestido de lantejoulas que combinava perfeitamente com sua máscara e que, no fim, coubera certinho nela. Como se tivesse sido feito para ela. Como se fosse o destino.

Ana estava acostumada a usar fantasias – era o que fazia da vida –, mas aquele vestido parecia mais especial do que qualquer outro que usara. Brilhante. Acetinado. Romântico.

Não parecia que ela estava se fantasiando para uma festa, apenas que usava um vestido que a
representava.

– Uau! – Marco disse, parando e olhando para o salão em geral. Ana concordou com aquela exclamação simples. Uau, mesmo!

Todo o ambiente estava decorado em tons de preto, branco e dourado, os lustres extravagantes pendurados sobre as cabeças iluminavam o salão e faziam cintilar os detalhes dourados.

Havia luxuosos arranjos de lírios brancos e folhagens em todas as mesas, cada um deles sobre um espelho que refletia ainda mais a luz cintilante pelo salão.

Ana respirou fundo, fechando os olhos de prazer ao inalar o perfume doce e inebriante de flores frescas.

– Dance comigo – ele disse, inclinando-se na direção dela com um sussurro.

Ana deixou que ele a conduzisse até a pista de dança onde casais mascarados bailavam ao som da música ao vivo executada pela banda posicionada no canto.

Marco a tomou nos braços e Ana olhou em volta para as duplas que passavam por ela, admirando suas máscaras, seus lindos trajes formais.

A decoração da festa era toda nas cores preto, branco e dourado, mas os vestidos das mulheres eram de cores brilhantes, as joias opulentas se destacando ainda mais por causa da ausência de cor do ambiente.

– Já está tão acostumada com minhas mãos no seu corpo que se desliga automaticamente
quando seguro você?

Ana balançou a cabeça.

– Eu não estava desligada, só admirando as fantasias.

– E eu estou aqui admirando você – ele sussurrou contra o cabelo dela.

Ana se forçou a focar em Marco, que parecia tão charmoso com o smoking. Ela havia achado
que ele fosse um conquistador, mas só olhava para ela, e talvez... talvez ela pudesse considerar aquele um encontro de verdade.
Talvez a sua regra de não sair com colegas de trabalho fosse rígida demais. Afinal, onde mais ela conhecia alguém? No muro de alguma fazenda abandonada?

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