Samuel me deixou com uma baita pulga atrás da orelha com relação a Nayla. Um amor, como diria meu irmão, pode destruir toda uma vida. E pelo jeito, aquela gata borralheira estava fazendo exatamente isso.
E enquanto ela tomava banho, vasculhava a internet atrás de informações sobre sua vida. Deveria ter feito isso antes de me envolver. De deixar-me seduzir e poder sofrer muito com que possa vir a descobrir. Não agora. E como já era de se esperar, não estava gostando nada do que a tela do celular apresentava.
Ele tem perfis em quase todas as redes sociais. Mas, ao contrário dos meus que são quase uma incógnita os delas tem muitas fotos. Sozinha, acompanhada sensuais e provocadoras. Ela nem me deve explicações da sua vida antes de cair de para quedas na minha. Mas, o ciúme que vai crescendo dentro de mim, parece o diabo da tasmânia da Any.
Ele quer explicações. Por quê daqueles caras com as mãos envolta da sua cintura? Aquele beijo provocante de Diego em sua boca? E pior, as declarações apaixonadas dele nos comentários. As redes dela são públicas? Óbvio que não! Mas, quem precisa de um convite quando o seu amigo é um hacker!
— Nayla! — Eu jogo o celular contra a parede e vejo a tela rachar ao cair no chão. — Nayla!
— Credo Leonardo! O que foi? — ela apareceu só enrolada na toalha e toda molhada no quarto.
— Eu não posso te tocar... Mas esses idiotas podem? — A minha voz é bem alterada e tem uma boa carga de raiva nela.
— Do quê você está falando?— aponto o celular no chão.
— Como você entrou no meu perfil?— ela o ajunta e vê onde estava navegando. A queda travou em uma foto dela no Instagram só de biquíni.— Como Léo?— voltou-se furiosa em minha direção.
— Preciso mesmo dizer? Isso de fato nem é importante! O que realmente eu quero saber é por quê eles podem e eu não? — tento me ajeitar melhor contra a cabeceira da cama. Senão estivesse tão chapado com os remédios da dor que Samuel me deu, estava era em pé, ao seu lado, lhe dando...
— Foi aquele ruivo dos diabos, não foi? — Gritou. — Vou matar aquele imbecil!
— Olha, senta aqui...— Apontei o meu lado na cama.— Vamos conversar como gente grande e colocar as coisas a limpo. Por que desse jeito não vai dar para ter uma relação sincera!
Nayla se aproximou. Colocou o telefone no criado mudo e sentou-se de frente pra mim. Por um momento, me arrependi de ter lhe pedido isso. A tolha é pequena para encobrir toda aquela mulher e meu lado de macho começa bagunçar meu cérebro tirando o foco do que realmente deveria interessar.
A pele desenhada. O cheiro bom do sabonete. A cascata vermelha que são seus cabelos escorrendo pelos ombros. Os olhos verdes de gato de botas dela...
— Por que eles podem te tocar e eu não? — tenho medo da resposta. Mas preciso dela.
— Você pode me tocar, Léo... — ela pega a minha mão e coloca sobre a sua perna. Se aproxima e me beija.— Eu só não estou pronta para o que você quer...— Sussurrou na curva do meu pescoço brincando de acariciá-lo com a ponta do seu nariz.
— E estava pronta para eles?
Acho que preferia a morfina agora. Ela me barrava os desejos. Poderia então ter uma conversa civilizada sem ter que me preocupar em acalentar a ereção que bagunçava meu cérebro.
— Eu não transei com ninguém daquelas fotos se é o que você quer saber. — a mão dela desceu o meu peito sobre a camiseta que vestia e logo alcançou a minha cueca tirando o resto do meu juízo.
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Armadilha do Destino
RomanceEntregar o amor da sua vida diante de um altar, aos braços de outro, com o tesmunho de todos os familiares e pessoas ligadas à família, literalmente destruiu Leonardo por dentro. Ele sabia que era o certo a ser feito. Ela precisava da companhia daqu...