9. Conflito

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    As aulas do primeiro período passam rápido e logo o sinal toca, avisando o intervalo

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    As aulas do primeiro período passam rápido e logo o sinal toca, avisando o intervalo.

Observo a leva de universitário saírem da sala, com o falatório e alguns avisos do professor que ninguém estava ouvindo preenchendo o local.

     Espero pacientemente o engarrafamento de pessoas amenizar e ando pelo corredor, indo direto para biblioteca onde me encontraria com Lizzie.

    Apesar de estar odiando ter que passar o intervalo de uma hora dentro de uma sala organizando livros, a ideia não parecia ruim, já que vou está na companhia da garota de olhos cor de âmbar.

    Os olhos mais magníficos que já vi em toda minha vida.

    A porta da biblioteca já estava com o acesso livre então apenas adentro, sentindo toda a barulheira do corredor ser abafada assim que a porta fecha sozinha atrás de mim.

O silêncio da sala é notório e apenas o barulho dos meus passos é ouvido quando caminho em direção às prateleiras grandes e preenchidas com uma imensidão de livros empoeirados.

Ando entre os corredores divididos e observo alguns livros, pegando um e analisando sua capa, onde um boneco de palito fora desenhado em uma forca e o título que dizia "O Homem de Giz" escrito em letras pouco desconexas.

    — Esse é ótimo.

    Viro a cabeça e encontro Lizzie, que está encostada com o ombro na quina da prateleira e com os braços cruzados abaixo do peito.

    — A quanto tempo está aí? — Questiono.

    — Cheguei agora. Vi quando entrou. — Aponta para minha mão. — Gosta de ler?

    — Você não?

    — Tá brincando? É meu passatempo preferido.

    — Você parece mesmo uma garota digamos que... intelectual.

    Ela caminha até mim, em passos calmos.

    — Acredite, os livros que leio não são nada intelectuais. — Coloca sua bolsa no chão próxima a seus pés. Estreito os olhos. — Não, eu não quis dizer que leio...

    — Putaria?

    — Não! Quer dizer, sim, é eu não quis dizer que leio só isso.

    — Ah então você ler? — Arqueio as sobrancelhas.

    — Não! — praticamente grita — Meu Deus, para de ser pervertido!

    Levanto as mãos.

    — Eu não disse nada, você que começou.

    A garota revira os olhos.

    — Tá, tá! De qualquer modo eu não leio isso.

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