10. Pesadelos

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    Atenção: esse capítulo contém gatilho:  tentativa de abuso. 

    Ouço meu celular tocar em minha mão enquanto caminho para o Cheers

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    Ouço meu celular tocar em minha mão enquanto caminho para o Cheers. Suspiro, encarando a tela onde o nome de Aidan brilha.

    Eu havia dito a ele que conversaríamos quando eu saísse da biblioteca, mas acabei por evitá-lo depois do pequeno desentendimento entre ele e Dylan.

Sei que uma hora teremos que conversar e sei também que o ignorar não vai impedi-lo de querer falar comigo, custe o que custar.

    Coloco o aparelho no ouvido.

    — Oi, Aidan.

    — Onde você está?

    — Indo para o Cheers.

    — Pensei que íamos conversar depois da aula.

    — Eu sei, eu disse que iríamos, sinto muito.

    — Não tudo bem eu entendo. Ainda está irritada comigo.

    — Aidan...

    — Escuta, Liz. Eu sinto muito tá legal? Fui um babaca por dizer que você já devia ter superado a morte do Tyson eu só... — ouço seu suspiro do outro lado. — Só queria que tudo voltasse a ser como antes, como éramos antes. Mas sei que não tenho o direito de exigir isso de alguém que perdeu uma pessoa tão importante como o Tyson era para você então me desculpe por ser um idiota sem noção.

    — Você sempre é um idiota sem noção.

    — Eu sei. — Diz e pelo seu tom de voz sei que está sorrindo. — Por isso peço desculpas.

    Observo as ruas pouco cheias e o céu com um amontoado de nuvens cinzas já se formando, típico dos fins de tarde de outono.

Já consigo enxergar o letreiro do Cheers brilhando no alto e algumas pessoas dentro do estabelecimento.

    — Tudo bem. Está desculpado. — Digo por fim, quebrando o silêncio que se fez na linha por alguns minutos.

    — É sério? — Sua pergunta sai quase que eufórica.

    — Não me faça mudar de ideia.

    — Ok, ok. Obrigado Liz.

    — Tá legal. Preciso ir agora.

    — Nos vemos amanhã?

    — É claro. Até amanhã. — Digo e desligo, empurrando a porta da hamburgueria e o sino toca acima da minha cabeça.

    Coloco o celular no bolso e me aproximo do balcão, sorrindo fraco para a garota de uniforme amarelo-mostarda que vem até mim.

    — Olá, bem-vinda ao Cheers! O que vai querer?

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