Atenção: Esse livro contém spoilers de "Mais de Você". A leitura de MDV não é obrigatória, mas saibam que terá algumas referências e personagens dele aqui nesse livro.
Após um trauma de infância que a assombra diariamente, Lizzie Conway preci...
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— Dylan — Algo me chacoalha freneticamente e uma voz ao longe me chama. — Dylan droga, acorda! — Faço uma careta quando abro os olhos e a luz matinal os ferem. O fecho imediatamente. — Dylan!
Consigo discernir quem me chamava ao me recordar de que não havia dormido sozinho.
— Porra... — Resmungo baixo e esfrego os olhos, tentando enxergar a garota em pé próximo à cama.
— O que aconteceu? Por que estou aqui? E por que estou vestida com a sua roupa? — Lizzie começa os questionamentos, parecendo nervosa.
Sorrio, fechando os olhos por um momento, ainda deitado.
— Bom dia, gatinha.
— Nada de "bom dia, gatinha" Riley! O que estou fazendo aqui?
— Ah então você não lembra?
— Lembro do quê?
— Da noite passada, claro. — Me sento preguiçosamente sobre o colchão, passando as mãos sobre o rosto.
A garota se enrijece.
— Do que está falando Dylan? Nós... nós transamos? — Questiona, receosa por minha resposta. Tenho vontade de ri de sua cara de desespero.
— Foi tão ruim assim para não se lembrar?
Lizzie arregala os olhos, visivelmente assustada.
— Ai meu Deus... — Sussurra — ai meu Deus o que fiz? — Joga os cabelos lisos e castanhos para trás, andando para um lado e outro. Não consigo conter a gargalhada que escapa e os olhos claros da menina me fuzilam furiosos. — Do que está rindo idiota?
— Estou brincando com você, gatinha. A gente não transou. Com certeza teria se lembrado se tivéssemos. — Ela fica alguns segundos parada, tentando processar o que digo. — Aliás, você fica adorável irritada.
Lizzie pega um travesseiro próximo e o acerta precisamente em meu rosto, me fazendo se encolher enquanto rio de sua braveza.
— Seu idiota! Eu te odeio! — Bate com a almofada freneticamente em mim.
Levanto-me da cama, se desviando dos seus ataques e a encaro, que tem a raiva transbordando em seu rosto agora vermelho.
Seus cabelos estão pouco bagunçados e caídos nos olhos, assim como minha camisa amassada que veste e que mesmo assim fica perfeitamente bem em seu corpo.
— Não foi o que você disse ontem. — Sorrio em provocação.
Ela estreita os olhos.
— O que quer dizer com isso?
— Nada. — Balanço a mão em relevância. — Está com fome?