4. Visita

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    Após voltar ao Hades para buscar meu carro, dirijo para casa

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    Após voltar ao Hades para buscar meu carro, dirijo para casa. Uma música baixa toca no rádio e eu olho as horas no painel.
 
    11:00PM.

    As ruas silenciosas e calmas, onde pouquíssimos carros passam, me faz perceber o quanto sentia falta da paz que a pequena cidade transmite, diferente de Nevada, da onde eu vim.

    Diferente do que pensei, ser um rosto completamente desconhecido em uma cidade minúscula no norte da Califórnia não era ruim.

Isso porque posso recomeçar a minha vida longe de tudo que deixei em Las Vegas, incluindo as dores e sofrimentos vivenciados por anos.

    Desligo o motor assim que adentro a garagem, sentindo o clima quente e confortável da sala de estar assim que entro e fecho a porta.

Ligo as luzes, clareando o ambiente pouco bagunçado devido a recente mudança. Retiro meu moletom jogando sobre o sofá de couro e ando até a cozinha, pegando uma jarra de suco na geladeira e um copo.

    Ouço meu celular tocar no meu jeans surrado. O pego e olho a tela.

    Número desconhecido.

    Termino de pôr o suco e coloco o frasco sobre a mesa, dando um leve gole na bebida e atendo.

    — Alô?

    Uma gravação automática fala do outro lado:

    — Você tem uma ligação a cobrar de...

    — Charles Riley. — Uma voz grossa completa e eu paraliso ao escutá-la.

    — ... Um detento da Penitenciária Estadual de Carson City, Nevada.

    Pisco algumas vezes e sinto minha garganta doer quando engulo em seco.

Retiro lentamente o aparelho do ouvido e observo a tela por alguns segundos, tentando raciocinar.

    Merda, merda, merda!

    Pressiono a tecla 1 para aceitar a chamada, levando o aparelho novamente ao ouvido, tentando ficar calmo.

    — Dylan? É você?

    Penso em desligar quando ouço meu nome saindo de sua boca e sinto meu coração bater descontrolado em meu peito, como se a qualquer momento ele fosse saltar da camisa que uso.

Ao contrário do que minha mente pede para eu fazer, umedeço os lábios e respondo com a voz firme:

    — Oi, pai. Sou eu.

    — Ah como é bom ouvir sua voz depois de quê? Quatro anos? Bom, isso não importa! Fico feliz que tenha atendido. Como estão as coisas aí em Las Vegas? Ainda está com aquela garota gostosa? Como ela se chamava mesmo? Winnie? Não, acho que era Willie... Wendy! Ainda está com ela?

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