21. Desentendimento

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    São exatamente duas e dez da manhã quando eu e Dylan saímos do cais e voltamos para o centro da cidade

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    São exatamente duas e dez da manhã quando eu e Dylan saímos do cais e voltamos para o centro da cidade.

    — Meu irmão me mataria se soubesse que não estou dormindo agora. — Comento enquanto ando lado a lado de Dylan.

    — E se soubesse que está comigo, mataria a nós dois.

    — Não, acho que não. Ele gostou de você.

    — Jura? E por que acha isso?

    Dou de ombros.

    — Você ainda está vivo.

    — Ah então ele mata pessoas que não gosta?

    — Basicamente.

    Dylan faz uma careta de reprovação.

    — Ele é estranho.

    — E você mais ainda por acreditar no que estou falando.

    Ele dá um sorriso ladino.

    — Quem disse que estou acreditando?

    Sopro um riso.

    — Eu acreditaria se fosse você. — Brinco. — Ele só não matou o Aidan porque não teve oportunidade.

    — Aidan? Aquele seu amigo loiro?

    — É.

    — Ele não gosta dele também?

    O encaro.

    — Também?

    — É.

    — Também não gosta dele?

    O garoto ergue as sobrancelhas, fazendo pequenos fios de cabelo cair na frente de seus olhos.

    — Por que a surpresa? Eu disse que odiei ele quando conversamos na biblioteca. E parece que não é só eu.

    Solto um suspiro, enfiando as mãos nos bolsos da minha jaqueta.

    — É, tem razão. Preston o detesta desde o dia que o conheceu.

    — Olha só, já temos algo em comum. — Pisca para mim e sorri.

    — Não seja idiota, você e ele não vão se dar bem só porque detestam a mesma pessoa. — Reviro os olhos com tamanho pensamento do garoto.

    — Isso é o que veremos, gatinha. — Desafia e eu me limito apenas balançar a cabeça em ato de reprovação. — Chegamos.

   Giro ao redor, observando as ruas vazias com as iluminações amareladas dos postes.

    — Espera, eu pensei que... — olho para frente, vendo o garoto subir os degraus da casa. — Pensei que estava me levando pro meu apartamento!

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