36. Paz

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     — Onde ele está? — É a primeira pergunta que faço a Hailey assim que a encontro no corredor movimentado do hospital.

    — Naquele quarto. — Aponta em uma direção. — Ele está te esperando. — Sorri e contribuo o gesto, olhando para Preston que veio comigo, acompanhado por Audrey e Angel.

    Ele sorri, indicando o quarto com a cabeça.

    — Vai lá, anjinho. Vai ver seu garoto.

    Assinto ainda com os lábios erguidos e me afasto deles, me direcionando ao local que Hailey indicara.

    Paro próximo ao vão da porta, respirando fundo e me aproximando da entrada, que já está aberta.

    Avisto a cama hospitalar que o garoto se encontra no meio do quarto inteiramente branco, com seu braço direito perfurado pelo equipamento de soro.

    Meu coração palpita acelerado por vê-lo de novo, agora acordado. Ele está com o rosto virado para janela do quarto, onde pequenos feixes de luz atravessa através das persianas pouco abertas, com o olhar perdido.

    Dou pequenas batidas na porta. Ele vira a cabeça devagar em minha direção.

     Um sorriso adorna automaticamente seu rosto ao me reconhecer e mordo os lábios com força, já sentindo as lágrimas brotarem e sorrio também para ele.

     Dylan estende o braço.

     — Não acha que está longe demais de mim, gatinha? — Questiona e rio, devido ao apelido ridículo que me dera, mas que mesmo assim eu amava.

     Adentro por completo o quarto, caminhando em sua direção.

    — Juro que se me der mais um susto desses, eu te mato.

     — Quando amor. — Diz irônico, seu sorriso crescendo ainda mais em seu rosto.

     Rio e me inclino em sua direção, tomando cuidado para não machucá-lo e o abraço com força, soltando um suspiro de alívio.

    — Senti sua falta. — Sussurro contra seu peito e fecho os olhos por alguns segundos.

    Sinto os dedos do garoto tocarem em meu queixo, me conduzindo a erguer a cabeça para olhá-lo.

     Suas irises azuis me penetram com intensidade, e apesar do hematoma roxeado abaixo do seu olho, eles continuam lindos e brilhantes, diferente da última vez que o vi.

     Dylan segura meu queixo e se inclina na minha direção, tomando meus lábios em um beijo cálido e calmo.

Sua boca ainda era tão macia e de encaixe perfeito na minha como eu me lembrava. Droga, eu senti tanta falta disso.

     Afasto-me vagarosamente dele, olhando em seus olhos, que já tem toda sua atenção em mim.

     — Senti sua falta também. Pra caralho. — Murmura e eu sorrio, sentindo uma lágrima escapar de um dos meus olhos, me fazendo secá-la rapidamente. — Está chorando?

    Solto um riso frouxo, balançando a cabeça em negação.

    — Não eu só... estou feliz. Pensei que ia te perder também. — Confesso, mordendo os lábios sutilmente.

     Riley toca de leve na lateral do meu rosto, retirando uma mecha de cabelo da frente dos meus olhos e me analisa com calma.

     — Não vou te deixar tão fácil assim, gatinha. Terá que me aguentar por muito tempo ainda. — Me lança uma piscadela e eu sorrio largo.

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