18. Medos

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    A luz matinal de Vegas fere os meus olhos através das enormes cortinas entreabertas e franzo o rosto com isso

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    A luz matinal de Vegas fere os meus olhos através das enormes cortinas entreabertas e franzo o rosto com isso.

Tento me mover para o lado oposto de onde o sol vem, mas um peso considerável em cima de mim me impede.

    Pisco algumas vezes até perceber que Lizzie está virada para mim, aninhada em meus braços e dormindo como um verdadeiro anjo.

Um de seus braços rodeiam meu tronco, enquanto sua cabeça descansa entre meu peito e ombro.

Seus cabelos estão um pouco embaraçados em frente aos seus olhos fechados, assim como em sua boca rosada e de desenho perfeito.

Sua respiração é extremamente pesada, o que me faz pensar que não dorme tão profundo assim há dias.

    Tento retirá-la de cima de mim o mais cauteloso possível, mas todo esforço é em vão quando a garota desperta de repente ao sentir minha mão tocando em seu antebraço, me fazendo se assustar quando ela se ergue com rapidez e arregala os olhos.

    Me sento na cama, com o cenho franzido.

    — Ei, o que foi?

    Seus olhos amedrontados pousam em meu rosto e sua feição se suaviza quase que no mesmo segundo ao me reconhecer.

    Ela solta um suspiro forte e fecha os olhos, passando as mãos nos cabelos.

    — Nada, eu só... me assustei.

    — Estou tão feio assim? — Brinco, mas ela não sorri com a piada. Ela sempre sorri com as minhas piadas. — Aí, o que aconteceu? — Me inclino em sua direção.

    — Não foi nada Riley, já disse. — respira fundo, retirando o edredom de cima de si e se levantando. — Apenas esqueci que estava dormindo com alguém e me assustei quando me tocou. — morde os lábios sem olhar para mim e estreito os olhos de leve.

    Apesar de saber mentir bem, Lizzie não é tão boa em esconder suas emoções e isso faz com que eu perceba em instantes, que tem algo de errado com ela. Definitivamente errado.

    Observo ela pegar suas roupas do dia anterior e ir para o banheiro, trancando a porta em seguida. Suspiro pela boca, passando as mãos pelos cabelos e olhando ao redor.

    Garrafas de cerveja ocupam a mesa de cabeceira ao lado da cama assim como a caixa de pizza e alguns sacos vazios de batata frita que comemos ontem enquanto riamos do episódio ocorrido no cassino.

    Olho para o relógio eletrônico em cima da escrivaninha. Nove horas.

    Jogo-me sobre o colchão novamente e encaro o teto por longos segundos, apenas esperando pacientemente a garota sair do banheiro.

    Meu celular vibra embaixo do meu travesseiro e me ergo minimamente para pegá-lo. Observo a tela ligada. Wendy. Merda.

    Desde o dia do episódio ocorrido entre Donovan e a garota Conway na minha casa, Wendy tem me procurado para conversar. Contudo, eu tenho a ignorado desde então.

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