Atenção: Esse livro contém spoilers de "Mais de Você". A leitura de MDV não é obrigatória, mas saibam que terá algumas referências e personagens dele aqui nesse livro.
Após um trauma de infância que a assombra diariamente, Lizzie Conway preci...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Eu já disse Aidan, não vou à festa no Hades. — Digo e ouço um grunhido de frustração do outro lado da ligação.
— Ai qual é! Você adora festas. O que aconteceu?
— Aconteceu que da última vez que fui a uma, a minha vida virou um inferno. — Me jogo sobre o sofá e olho o tempo lá fora pela enorme porta balcão de vidro da sala.
É sábado e o dia está com um aspecto agradável, considerando que o sol está em uma temperatura perfeita e as nuvens pouco carregadas no céu.
— Ainda pensa no acidente, não é?
Encosto a cabeça na almofada do sofá, mirando o teto.
— Todos os dias que acordo. — Digo baixo, mas o suficiente para o garoto ouvir. — Eu só... não quero ter que passar por aquilo de novo.
— Isso significa que nunca mais irá se divertir em uma festa?
— Significa que não quero causar mais problemas.
— Você não vai causar, Lizzie.
— Como tem tanta certeza disso?
— Porque eu não vou permitir. Agora pode por favor abrir a porta? Estou saindo do elevador.
Franzo as sobrancelhas.
— Quê? — Me levanto e vou até à porta, abrindo-a.
Ainda com o aparelho no ouvido, vejo Aidan vim no fim do corredor.
— Surpresa. — Sorri e retira o celular da orelha no mesmo instante que eu.
— O que está fazendo aqui?
— Convencendo a minha amiga a ir se divertir comigo e uma ruiva chamada Hailey. — Adentra meu apartamento e eu fecho a porta. — Aí, ainda não se organizou? — aponta para as caixas empilhadas no canto da sala, próximo à porta da varanda.
— Não.
— Mas já faz mais de um ano que mora aqui.
— Eu sei. Não me orgulho do meu sedentarismo, acredite.
— Posso te ajudar a guardar tudo se quiser.
— Ninguém nunca mexe nas minhas coisas, Aidan. — Digo e ele parece um pouco ofendido com minhas palavras. Logo acrescento: — Mas obrigado pela intenção de querer ajudar.
Ele sorri pequeno.
— Tudo bem. Suas coisas, suas regras. — Olha ao redor, com as mãos enfiadas na calça jeans folgada.
— Devia ter avisado que viria.
— Para quê? Para você fingir que não está em casa? Eu te conheço, Lizz.
