Capítulo 21

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Azriel não se lembrava de nada tão bom quanto aquilo.

Seus olhos estavam bem fechados, a cabeça no travesseiro inclinada para trás, os dentes trincados. Uma de suas mãos agarrava-se à cabeceira, a outra  estava emaranhada nos cabelos da fêmea sob o cobertor. Era preciso esforço para se manter ali, parado, deixando-a lentamente subir e descer aqueles lábios quentes em seu pau. Ele queria afundar-se nela até sentir o fundo de sua garganta. Pelo Caldeirão, aquela fêmea o estava torturando.

Ele abriu os olhos e inclinou a cabeça, um palavrão saindo sob sua respiração conforme a fêmea esticava os dedos para tocar suas bolas. Com o cobertor e o quarto escuro, não conseguia ver seu rosto — apenas sentir seus cabelos negros roçarem suas coxas, os fios que escapavam do aperto firme de suas mãos. Ele lhe deu um puxão para inclina-la, sentindo a cabeça de seu pau deslizar pelo céu da boca dela. Seus olhos rolaram de prazer, seu corpo inteiro entorpecido com aquela sensação deliciosa. O cheiro do sexo dela, ensopado. Azriel só podia imaginar qual seria seu gosto. Qual seria a sensação de ve-la pingar, enquanto ele se colocava para dentro dela.

O pensamento o fez perder o controle, inclinando o quadril para frente conforme empurrava a cabeça da fêmea fundo nele. A sua boca encontrou com a base de seu pau, a umidade de sua língua o envolveu e ele precisou de tudo de si para não gozar. Estava perto demais.

— Porra — sussurrou ele, e ela engasgou, engolindo seu pau e relaxando a garganta. A contração o fez latejar — Porra.

A mão da fêmea envolveu-o, acariciando-o para cima e para baixo, acompanhando o movimento de sua boca. Sua outra mão tocou o aperto de Azriel em seu cabelo, como se desse permissão para ele tomar o controle. Azriel sibilou, conduzindo-a, o calor tomando seu corpo e suor pingando de sua testa. Estava muito perto, e cada investida no fundo de sua garganta era uma tortura para seu auto-controle. Precisava de mais. Iria fode-la tanto por tortura-lo com aquela boca deliciosa que ela se esqueceria de como usa-la para qualquer coisa que não gritar seu nome.

E, quando Azriel pensou que seria impossível ficar melhor do que aquilo, ele a agarrou com a outra mão e a ouviu gemer. Um gemido longo, vagaroso, que reverberou por seu pau e o estremeceu. Ele quase gritou, trincando tanto os dentes que poderia quebra-los. Não. Não aguentava mais aquilo. Precisava dela aberta em sua frente agora.

Usou as duas mãos para puxa-la, afastando o cobertor sem qualquer delicadeza. A fêmea estava deitada entre suas pernas, o cheiro de sua excitação agora tomando todo o quarto. Ele puxou sua cabeça com mais força, vendo seu pau, inteiro na boca dela, deslizar lentamente para fora, sua boca percorrendo cada centímetro até a ponta. Azriel tomou um bom tempo observando aquela cena — a cabeça de seu pau entre aqueles lábios inchados. Xingou, passando os dedos pelos cabelos dela, deixando que ela beijasse e lambesse aquela área sensível. Mal podia respirar. Ele estava tão perto...

— Vou gozar — disse ele, entredentes — Porra, olhe para mim.

A fêmea — maldita fosse — sorriu devagar contra seu pau, afundando a boca uma última vez. Azriel grunhiu, agarrando-se tão forte a ela que devia machucar. Mas ela só gemeu em retorno, contraindo a garganta, subindo com a língua e, muito devagar, levantando o rosto para ele.

Quando aquele par de olhos azuis tempestuosos o encarou, trovejando com um sorriso ferino, Azriel teve seu fim. Foi o nome de Aeleva que ele gritou durante um dos orgasmos mais poderosos de seus quinhentos anos.

Corte de Sombras e TempestadesOnde histórias criam vida. Descubra agora