CAPÍTULO 7

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Ninna Miles 🌺

HOTEL Il San Pietro di Positano não tenho tempo para admirar o luxuoso lugar, Ian estar me puxando para o elevador, sua palavra de não presunçoso foi momentâneo mesmo.

No caminho para cá, tive que aguentar seus olhares indiscretos sobre meu corpo. Não tive coragem para perguntar o porquê de toda aquela análise. O silêncio dentro daquele veículo fora minha salvação, para organizar meus pensamentos, ideias e possibilidades do que pode acontecer quando estivermos a sós.

Infelizmente não havia ninguém mais para usar o elevador, o que me restou ficar novamente sozinha com ele, podia de canto de olho ver seu sorriso cínico de lado, ele sabia do meu desconforto, estava ali contra minha vontade.

— Não fique parada — chegamos na suíte, e ainda não dei passo algum. — Ninna!!

Respiro fundo, e caminho para o que podemos chamar de sala. O lugar é bonito, muito bem decorado. Sento no sofá, minhas pernas reclamam.

— Está com fome? — tira o paletó, me deixando desconfortável.

— Não — respondo sem olhar para ele.

— Quer uma bebida, ou qualquer outra coisa? — insiste.

— Quero ir para casa — o encaro, os quatro primeiros botões da camisa estão desabotoados.

— Talvez mais tarde! — enrolou as mangas da camisa, mostrando parte de seus braços fortes.

Me limito a balançar a cabeça em concordância, sem deixar transparecer minha irritação com isso.

— Se não quer nada — senta na mesinha  próximo ao sofá o qual estou sentada. — Vamos ao que interessa!

— Tudo bem — me ajeito no sofá, tentando controlar minhas mãos.

— Escolhi você — diz o que já sei. — E como foram duas, vai ter que passar por algumas etapas — por sua expressão sei que procura por palavras diretas.

— Como se fosse uma competição? — tenho vontade de rir ironicamente, Ian concorda com a cabeça. — Não pedir para ser escolhida.

— Não, mas assim quis que fosse — seu tom muda, para grosseiro.

— Saiba que não me esforçarei para ganhar o prêmio — digo firme.

— Imaginei que falaria isso — se levanta, ficando de costas para mim. — Me dê um motivo, para deixá-la ir.

Olho esperançosa para ele.
— Quero ser livre!

— Não é um bom motivo — se vira para mim. — Outra chance!

Penso em algo, mas o quê poderia dizer? quero minha liberdade.

— Por que não é um bom motivo?

— Viver comigo não será um presídio, não sou nenhum homem das cavernas, ou machista ao extremo — diz sério.

Aquilo me deixa pouco surpresa, ele parece ser possessivo, não acho que devo confiar.

— Quero sumir no mundo, ser alguém independente, quero voar sem ter que me preocupar com os outros — suspiro.

— Esse é um motivo justo — meus olhos brilham. — Mas quero você!

O sorriso que queria dar, morre antes de aparecer.

— Mas eu não quero você — tenho coragem o suficiente para dizer.

— Vai me querer — diz convicto. — Agora se levante!

Sem escolha, obedeço, por estar acostumada a receber ordens de Ramon, não tenho dificuldade.

— Mostre-se para mim! — ordena.

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