CAPÍTULO 28

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Ninna🌺Narrando

Por mais tentador que fosse o convite de Sara, optei pela prudência de ficar no quarto. Não estava bem, e poderia passar mal, isso daria a ela o que pensar.

— Sara, como disse estou com dor de cabeça. Não estou disposta a sair estando desse jeito.

Encostei-me na porta, vendo-a ainda na minha frente. Sua cabeleira arrumada numa trança embutida, estava impecável, vestido lilás a deixava com ar juvenil.

— Ninna, cuidarei de você se passar mal.

— Sara..

— Não atrapalhe os planos que fiz para nós duas.

Inspirei fundo. Por sua insistência até o momento, desconfiava que ela não desistiria.

— Vá se arrumar, quando sairmos vai se sentir melhor. Precisa se distrair.

Ainda pensativa sobre suas palavras, e meu estado, talvez precisasse respirar o ar puro.

— Vai querer entrar? — perguntei

— Não, vou esperar lá embaixo.

— Não vou demorar.

— Passe um batonzinho você está pálida.

Não disse nada para ela, fechei a porta. Fui em busca de uma roupa confortável. Um vestido soltinho de algodão, perfeito para os espinhos que parecem ter em todo meu corpo.

Minutos depois..

Saio do elevador e vou a procura de Sara, parte minha clama para que ela tenha ido embora. Parei rapidamente quando a vi à porta do hotel acompanhada de Ian, ela tinha seus braços ao redor de seu pescoço, me escondo entre os grandes vasos ali para não ser vista por eles. Não contenho a curiosidade de vê-los, mesmo isso machucando parte do meu coração, isso vai servir para ele aprender a não se derreter por quem não merece.

Sara fala coisas no ouvido dele, daqui consigo ver seu rosto, e seus olhos reviraram, não de tesão, sim de quando uma coisa te dá tédio. Moída por começarem a se beijar, reunir um pouco de forças para caminhar em direção ao elevador, não ficaria aqui.

Enraivecida por minha aflição. Apertei diversas vezes no botão do elevador, descontando um pouco de tudo que sentia.

— Ninna, finalmente!

Parei de apertar, fechei os olhos. Imensa vontade era de sufocar essa mulher.

— O que vai fazer?

— Voltar para o quarto!

— Mas, combinamos…

— Não combinamos nada, Sara. Você quem veio com seus planoszinho encher o saco.

O jeito foi esperar o elevador descer. Fiquei de lado para não olhar para a cara dela, talvez não conseguisse me segurar, estava estranhando isso em mim, não sou impulsiva, mas minhas emoções apareceriam descontroladas.

— Não precisa falar dessa forma, Ninna.

— Preciso sim, você é insistente, chata demais.

— Isso é ciúmes? — perguntou, por seu tom soube que ria.

Ignorei sua pergunta.
Bati meu pé no chão agoniada.
— Merda de elevador!

— Você precisa de ajuda, não está bem!

— Você que vai precisar se continuar a me importunar com essa voz de pingüim.

Encarei ela, que recuou, se virou e foi embora sem mais nada dizer. Para meu alívio e para sorte dela, a porta do elevador abriu, a intenção era entrar nele, mas o que faria trancada naquele quarto? Dei um tempo para me acalmar.

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