CAPÍTULO 45

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Ninna🌺Narrando

Faz exatamente cinco semanas que não me alimento direito, o que é errado por estar amamentando. Mas não tenho conseguido, a comida amarga na minha boca, e não sinto fome suficiente para me forçar a comer.

Aproveito o máximo a água que cai em meu corpo, ultimamente venho sentindo tanto medo, já me assustei várias vezes com minha própria sombra. Ian me deixou aterrorizada, além da conversa no hospital na primeira vez que vi minha filha, ontem voltou a indagar sobre esse tal espetáculo, suas aparições são repentinas para ver Cloe, quando vem me olha de maneira indecifrável parece querer me esmagar, suas mãos se fecham em punhos. Meu coração vive angustiado, isso está me matando, todo esse suspense.

— Porque trancou?

Vejo através do vidro Ian olhando-me ele tem uma cópia da chave do banheiro é claro.

— Costume — digo, desligo o chuveiro.

— Deixe esse costume, Cloe pode acordar e você não vai ouvi-la chorar.

Dá passos para dentro, meu corpo trava ao vê-lo tirar a camisa simples que usa, presto atenção nela e vejo que está suja de sangue, minha mente vai diretamente para Jonas.

Sem olhá-lo mas, me enrolei na toalha. Ficar no mesmo lugar que ele não é seguro, ainda mais num banheiro onde estou sem proteção alguma no corpo a não ser um pedaço de pano. Cuidadosa caminho para a porta, aproveito que está agora de costas para mim, está se olhando no espelho passando a mão em seu pescoço onde há pequenos sujos vermelhos. Meu estômago revira, imaginando o que pode ter feito para estar assim.

— Para onde vai?

— Me vestir, Cloe pode acordar.

Mantive-me parada, segurei a porta com força passando para ela meu nervosismo de alguma forma. Ian virou-se para mim, veio silenciosamente se aproximando, continuei parada apenas olhando-o.

— Quero que fique aqui!

— Cloe, ela ..

— Ainda está dormindo!

— É mais .. Ela dorme pouco.

Minhas desculpas foram fracas, ele tirou minha mão da porta e a fechou fazendo barulho, dessa forma Cloe acordaria logo.

— Está ouvindo algum choro?

— Não, não estou.

— Cloe ainda dormi, porra!

Encostou-me na porta, fechei meus olhos assustados, meu coração começou a martelar com mais força e rapidez, chegava a doer meu peito. As mãos dele tiraram minha toalha deixando-me à mercê de sua vontade que não eram boas para aquele momento, meus seios estavam maiores, cheios de leite, Cloe mamou mais cedo, mas foi pouco.

— Ian, não posso..

— Mas, eu quero!

Apertou cada lado do meu seio, gemir, isso doía, estou sensível, por esta cheio demais, leite saiu do meu seio, Ian olhou curioso, sem que esperasse ele abocanhou a lado direito, sugando como se fosse um bebê faminto, diferente de Cloe que causada emoção por vê-la amamentando, Ian fez-me sentir um pingo de excitação.

— Ainda não estou pronta.. tem que esperar.

Por mais que as mãos de Ian passassem por meu corpo de maneira sexual, e brusca, não estava sentindo aquela vontade louca de fazer sexo com ele, minha mente não esta aqui, pensar que minha filha está a pouco distância desse banheiro me deixa envergonhada.

— Venho esperando meses para ter você, não aguento mais!

Uniu nossas bocas, introduzindo imediatamente sua língua encontrando com a minha, não poderia negar o quão esse homem consegue me desarmar, e assustar, suas ameaças são válidas. O beijo a cada segundo vai se tornando mais agressivo, com isso a pouco da excitação se vai, restando somente o pavor de suas próximas ações.

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