CAPÍTULO 30

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Ninna🌺Narrando

Estarrecida por tê-lo aqui, não encontro as palavras certas para dizer qualquer coisa.

— Responda! — persiste querendo saber.

— Como soube que estava aqui?

Quis mudar o foco, para não ter que responder sua última pergunta.

— Kennia, ameacei ela — disse.

— Fez mais alguma coisa ?

— Ameacei, Ninna, só isso.

Ele afastou-se da cama onde eu estava, parecia pensativo, voltou a me encarar interrogativo. Seu cabelo estava bagunçado, parecia um pouco perdido.

— Você está grávida? — perguntou.

Retesada ajeitei-me na cama, sua expressão não me mostrava nada, a não ser espectativa que seus olhos transmitiam. Penso, tentando imaginar como será se disser a verdade, ele deixará Sara? Mas.. tem Álvaro, ele pode tentar contra meu bebê.

— Não, não estou — respondi com pesar.

Sua feição declinou para baixo, fazendo-me pensar que ele queria ouvir outra resposta.

— Porque pensou isso?

— A enfermeira disse que tinha uma surpresa para mim.

Desfez-se sua expressão declinada, voltando a ser sólida, o qual nunca consigo ler. Mergulhei no silêncio, sem mais saber o que falar para ele, e parecia que ele estava igualmente a mim. 

Expelir o ar, sentindo seu perfume. Olhei para ele que tinha seus olhos concentrados em mim, um pouco acanhada comecei a esquadrinhar seu rosto, embevecida por sua beleza, de repente me vi imaginando como seria nosso bebê, será parecido com ele?. Volto-me à realidade ao lembrar de como ela é.

— Meus seguranças estão investigando o dono do veículo..

Interromper ele.
— Ele não teve culpa — disse inautêntica.

— Como não, Ninna? Poderia estar toda machucada, ou pior, podia não estar mais aqui.

Não esperava ouvir essas palavras saindo da boca dele, mostrou-se perturbado ao falar.

— Se importaria? — perguntei esperançosa.

— Claro — disse implexo , sem mostrar muito.

Afetada por sua simples resposta, sorri consternada pelas coisas estarem sendo assim.

— Vou matar esse figlio di puttana!

— Ian, disse que ele não tem culpa. Estava correndo e .. aconteceu.

— Correndo? Que diabos veio fazer para cá sem mim, Ninna? — perguntou irado.

— Ian, não teria porque vim para cá com você. Você estar com outra, seja lá o que tínhamos, não temos mais. Acabou.

Sinto raiva agora por lembrar do quanto ele é um crápula comigo, me usou para seu prazer.

— Nada acabou! tudo é como a princípio. Continua sendo minha, Ninna — disse.

— Você acabou, Ian. Escolheu Sara — disse ferida. — Fui somente uma reserva para você fuder.

Ele passou as mãos no cabelo, agoniado com alguma coisa. Achegou-se a mim, fiquei agitada, Ian é imprevisível, tenho medo. Encostando seu rosto no meu, sua mão afastou um fio de cabelo que estava ali, depois com a mesma cobriu parte do meu rosto.

— Você sempre será minha, Ninna, sempre.

Meu coração dilacerou, por suas palavras.

— Deixe Sara, então — disse.

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