CAPÍTULO 31

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Ninna🌺Narrando

Fiquei de costas para ele, não conseguiria encará-lo agora.

— O que disse para você, Ninna? — sua voz saiu dura.

Virei vagarosamente para ele, sem olhá-lo.

— Isso é um erro — a voz dele pareceu angustiada.

— Porque um erro?

— Não tenho como fazê-la feliz — disse, seu tom sincero me foi inesperado.

Não soube como agir, montei frases em minha mente para dizer para ele, mas nenhuma delas pareceu ter sentido. Quieta fiquei, esperando por mais palavras.

A porta do quarto foi aberta, passando por ela a enfermeira, que quase contou a tal surpresa. O sorriso no rosto morreu, ao ver nossas feições.

— Tem uma moça querendo ver a senhora Andreotti — ela disse com cautela, olhando-nos.

Senhora Andreotti? Ian suspirou alto, claramente irritado.

— Deixe que ela entre — ele disse.

Pelo jeito nossa conversa havia acabado ali, sem nada conseguir saber sobre os sentimentos desse homem. Mesmo não sendo verdade o que contei.

— Vou aproveitar para pegar sua roupa, tem que se trocar para ir para casa.

Por mais que ela mostrasse felicidade nisso, não conseguia ser contagiada por ela.

— Obrigada — disse dando um sorriso.

Voltamos a ficar sozinhos. Sentei na cama, incomodada com seu olhar indecifrável, odiava isso.

— Darei instruções para Kennia, vocês vão ficar em um hotel aqui em Roma.

Finalmente abriu a boca. Somente ouvir, Não dei sinal algum de resposta.

— Ouviu o que disse, Ninna?

— Ouvir, Ian — respondi. — Quando poderei ir embora?

Virei para ele, seus longos cílios moveram-se rapidamente confusos.

— Para minha casa — expliquei.

— Você não vai sair da Itália, Ninna — brada.

— Porque vou continuar aqui? Não..

— Disse várias vezes o motivo disso.

Puxou-me pelo braço, cobriu meu rosto com suas mãos.

— Você é minha!

— Você disse que não pode me fazer feliz.

— Não posso — afirmou.

— Vai querer me ver sofrer então? Não entendo você, Ian. Me quer, e quando digo que estou apaixonada, você recua dizendo que não pode me fazer feliz, agora diz novamente que sou sua. Você vai casar, fez sua escolha, por que não me deixa de uma vez?

— Ninna!

Uma voz contida fez-me desviar de Ian, Kennia estava parada, segurando a porta. Encarei ele que ainda estava com suas mãos no meu rosto sem ligar por ter mais uma pessoa no quarto, se aproximou mais do meu rosto, apertou até ter meus lábios entreabertos.

— Daqui duas semanas venho buscá-la.

Puxou meu lábio inferior com os dentes, depois os sugou, fechei os olhos pela pequena dor e por meu corpo reagir positivamente a ele. Ele foi soltando meu rosto, e agarrou-me pela cintura, tomando devidamente meus lábios, não esforcei-me para não respondê-lo, aceitei de boa vontade ser tomada por ele.

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