CAPÍTULO 10

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Ninna Miles 🌺

Desligo o celular, tiro os fones de meus ouvidos, cansada de ouvir músicas tristes, elas conseguem descrever minha vida. Vou para o banheiro cantarolando uma que repetir várias vezes.

Um tempo depois de já ter me arrumado, recebi a notícia que meus tios estavam lá embaixo com Anne e Ramon. Me alegrei por saber que poderia desabafar um pouco com Kennia.

**********

— Ninna, meu bem! — minha tia Amélia diz alegre ao me ver.

— Tia — seu abraço foi mais que bem vindo, ela tinha grande carinho por mim.

Virei para os outros presentes, meus pais que não precisava cumprimentar. Tio John como de costume com um sorriso simpático no rosto.

— Soube que é uma das escolhidas — ele comentou. — Não fiquei surpreso com isso, você é linda sobrinha.

— Obrigado, tio — agradeci, dando um sorriso forçando.

Era desagradável ser vista com orgulho, por ser uma das privilegiadas segundo eles.

— Onde está Kennia? — perguntei para que saísse dali.

— Está a caminho — respondeu John.

— Ela se atrasou por estar ocupada conversando com um pretendente — diz tia Amélia sorridente.

Estranhei essa novidade, mas, iria esperar Kennia chegar para saber melhor desse assunto. Fomos para o restaurante do hotel, sentei ao lado da cadeira vaga para quando Kennia chegasse, pudesse estar perto dela.

Alheia ao que começaram a conversar, mergulhei em pensamentos, na noite passada com Ian. Ainda consigo sentir o formigamento em todo meu corpo, pelo efeito que tem sobre mim. Seus lábios, mãos, sua voz ..

— Ninna — Amélia me chamou, olhei para ela. — Parece estar viajando.

— Estava pensando ...

— Espero que em como, tirar Sara de uma vez do seu caminho com Andriotti.

— Ela sabe o que deve fazer a respeito de Ian — Anne disse, cortando o assunto.

Em alguns momentos ela conseguia me surpreender em suas atitudes, principalmente quando era sobre contrariar Ramon. John e Amélia ficaram em silêncio, eles conheciam meu pai, principalmente por seu temperamento, somente não sabiam das surras que recebia dele.

— Olhe.. Kennia finalmente chegou — minha tia disse, para o alívio acredito que de todos.

O olhar que Ramon mandava para Anne era desconcertante, ele não gostou da atitude dela, principalmente por ter sido na frente de outras pessoas.

Kennia sentou ao meu lado, depois de cumprimentar a todos. Seu olhar estava um pouco assustado, sua feição sempre era alegre, mas mostrava tensão.

— Podemos nos sentar em outra mesa? —
ela perguntou,pegando a mim de surpresa. — Ficaremos perto.

Com a permissão dada, nos afastamos o suficiente para que não ouvissem nossa conversa.

— Estou muito encrencada, Ninna — seu tom de voz é baixo.

— Por que? O quê aconteceu? — perguntei, ficando preocupada.

— Já conheceu toda a família Andriotti?

— Acredito que não — digo, franzir a testa. — O quê isso tem haver?

— Jensen Andriotti — diz, nome que nunca ouvira, a não ser o sobrenome.

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