CAPÍTULO 24

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Ninna🌺Narrando

Se tá complicada minha situação? Não saberia dizer, se essa é a palavra certa para definir minha vida. Eu simplesmente não sei o que fazer, agir por impulso atacando Ian, mas o que poderia ter feito? Aceitar o toque dele? Ceder a seus desejos?

Olhando para as paredes à minha volta, sinto-me sufocada, uma agonia eminente se espalha no meu peito. Meu coração está acelerado demais, estou nervosa, com medo não só de Ian mas de todos. Sento-me na cama, procurando por um pouco de paz em meus pensamentos.

Me vejo perdida, sem saber o que sinto, e sinto qualquer coisa por Ian.

Me aconchego perto do travesseiro, o abraçando, uma dor enorme atingi meu peito, o nó embolado em minha garganta quer sair, e não seguro o choro, lágrimas começam a sair de meus olhos, sem que eu queira.

Os soluços mexem meu corpo inteiro, como se dançasse com minha dor. Penso na minha vida, Kennia, Candice que se tornou alguém importante, penso sobre o porquê de existir tanta maldade, e homens loucos com consciência.

— Ninna!

Levantei rapidamente da cama, assustada por reconhecer a voz. Fui devagar até a porta do quarto e a tranquei, tirando a chave a colocando dentro de uma gaveta. Me atenho a ouvir os sons de passos.

— Abra essa porta!

Dei um pulo quando ele bateu na porta, estava concentrada encostada nela.

— Vá embora! Por favor!

— Quero ver você!

— Vai embora, Ian.

O silêncio se fez, fiquei parada olhando para a maçaneta da porta. Ian poderia ter a chave daqui. Convencida por tê-la feito ir embora, voltei para a cama, mal me deitei, que voltei a me assustar com a porta caindo sobre o chão, fazendo um grande barulho.

Olhei surpresa para Ian que ficou parado me olhando, depois poi-se a vim a cama onde estava. Me afastei indo para o canto, apavorada pelo que viria dele depois de ter agido daquela forma.

— Porque estava chorando?

Estreitou os olhos, ameaçando me tocar. Sair da cama.

— Não estava — passei  as mãos pelo meu rosto.

— Alguém esteve aqui? — desconfiado pareceu.

— Quem por exemplo, Ian? — revirei os olhos, ele continuou com sua expressão desconfiada. — Quero ficar sozinha, vai embora!

Seus lábios marcados estavam entreabertos, respirando fundo. Ameaçou dar mais passos, segurei o abajur como forma de proteção, Ian tardou seus passos, logo os parando, seu olhar pareciam vazios e distantes como se sua mente estivesse em outro lugar.

— Ninna — sua voz falhou, abaixou sua cabeça balançando. — Não quero que saia desse quarto para nada, um motorista irá buscá-la para levá-la ao jantar amanhã.

— Não vou a esse jantar.

— Se não for, esquecerei do que disse e a castigarei por suas audácias comigo. Não provoque novamente minha ira.

Passou por cima da porta no chão, fui atrás para ver se realmente ia embora. Assim ele fez, me deixando.

○ O JANTAR ○

A noite e o dia não se importaram de me dar uma ajuda. Mal fechei os olhos e logo tive que os abrir sendo despertada pelo som do alarme que não lembro de ter acionado.

Hora era o do almoço, hora do jantar, a noite se fez presente me deixando atormentada.

Fui para o banheiro, deixei que a água caísse em meu corpo, levando todo mal estar que sentia. Não segurei o almoço, somente tinha uma pequena porção de batata na barriga o que até agora não quis voltar por onde entrou. Não queria pensar no porquê disso no momento.

| Minha Escolhida | [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora