CAPÍTULO 42

8.3K 577 38
                                    

Ninna🌺Narrando

Desço do carro sem esperar pela ajuda de Ian o que duvido se faria, ele não me olhou em momento algum enquanto dirigia, eu me arrisquei a encarar ele e me arrependi pois somente vi em seu rosto ódio.

Estava enjoada, o carro virou meu inimigo, quando saio sempre tomo um remédio que na maioria das vezes funciona. Vejo Ian conversando com um homem que trabalha nesse posto de gasolina, estranho isso.

Kennia está no outro carro consigo vê-la, pelo jeito não tem permissão para sair de lá. Apertada, resolvo ir sozinha fazer xixi.

— Onde vai?

Ian pergunta num tom alto demais, que chama a atenção das pessoas que estavam por ali, não bastava cinco carros pretos.

— Banheiro, Ian!

Falei no mesmo tom que o dele, não virei meu rosto para olhá-lo, ou muito menos pedir permissão.

— Quer ajuda?

Um rapaz perguntou, balancei a cabeça e sorri gentil. Continuei andando, virei quando ouvir o rapaz sussurrar alguma coisa que não compreendi.

— Olha pra frente caralho, perdeu alguma coisa?

Me assustei com Ian, ele falava comigo, encarou o rapaz de maneira macabra.

Apressei meus passos, quando entrei no espaço havia somente quatro banheiros, não tinha separação de sexo. Esse lugar fedia.

Escolhi o que estava mais tolerável e entrei fechando a porta. Peguei papel higiênico e limpei a beirada do vaso para me sentar. Minha respiração estava cansada, minha barriga pesava.

Agora a tarefa era me concentrar para poder aliviar minha bexiga, controlei meus pensamentos, imaginando uma caixa d'água é uma opção considerável.

— Vamos porra!

Assustei-me ouvindo a voz de Ian, olhei pela brecha na porta e não vi nada. De repente olhei para cima vendo ele ali me olhando, esses banheiros são uma droga.

— Vou demorar!

— Não estou brincando, Ninna.

— Também não estou, Ian.

Ficou em silêncio, mas continuou lá me olhando.

— Se ficar aqui não vou conseguir, por favor saia.

Ouvi barulho e soube que era ele descendo no vaso do lado. Voltei a tentar relaxar, meu xixi saiu rapidamente quando um soco foi deferido justo na porta onde estava.

Ian acabou por quebrar o trinco vagabundo, e abriu a porta, não me enxuguei, olhei furiosa para ele e me levantei junta da calcinha.

— Está louco, Ian!

Ele me toma pelos braços com brutalidade me puxando para perto, tropecei em meus próprios pés.

— Você vai nos machucar desse jeito.

Disse trêmula, pensando na minha filha.
Ele olhou para minha barriga e foi que me soltou, imagino se não estivesse grávida, com certeza estaria morta agora.

— Porque resolveu vir atrás de mim?

— Fala como se eu tivesse dado permissão para fugir.

— Mas mandou que Álvaro desse a "permissão". Não quero voltar, Ian.

— Não tem querer nessa porra, Ninna.

— Tenho, porque sou livre, Ian.

— Nunca vai ser, você é minha!

| Minha Escolhida | [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora