CAPÍTULO 52

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Dois meses se passaram…

Ninna🌺Narrando

— Porque demoraram tanto, Ninna?

Coloquei a mão no peito assustada ao deparar com Ian sentado na poltrona da sala, tinha um livro em mãos. Cloe dormia no colo de Kennia, o passeio demorou mais que o esperado. A conversa estava tão agradável, Joana era definitivamente uma das mulheres mais incríveis e fortes, pena Anne ter tentado contra a vida dela, acabando assim perder a sua. Sinto grande tristeza pelo seu final, queria que conhecesse sua netinha.

— Vou levar Cloe para o quarto. Boa noite! —
Kennia sorriu à sapeca, praticamente correu saindo da sala.

Ian permaneceu sentado encarando-me esperando que explicasse. Algumas coisas mudaram, essas poucas, porém as principais que foram de extrema importância para que desse certo nossa convivência. Ambos felizes, porém Ian ainda ultrapassava em seus ciúmes, observava tudo que dizia, meu jeito. Se desentendeu com Joseph, não aprovou sua aproximação, sendo que em nada fazia jus dele ficar tão incomodado.

Para evitar uma briga desnecessária, me aproximei dele, peguei o livro de suas mãos, colocando em cima da mesa de centro. Levantei meu vestido e sentei em seu colo, soube ser sua calmaria.

— Joana não nos permitiu vir cedo, a conversa estava boa. Tem que ir no próximo passeio, Ian.

Joana estava passando uma temporada na casa de Joseph, eles não  queriam ela morando sozinha, decidiram que passaria um tempo na casa de cada filho. Para alegria não só dela, Ian começara a se soltar mais com ela, chegando a conversar a sós.

Era uma batalha tensa para Ian, mesmo Álvaro estando longe, as marcas jamais sumirão. Dificulta mais por Ian ser muito reservado, não expõe os detalhes do que passou, e seu atentado contra a própria mãe quando mais novo.

— Talvez eu vá.
Prendeu minha cintura, aproximou sua boca do meu colo decotado.

Ian estava ultimamente muito ocupado com as famílias que tinham aliança, sorte ter Joseph e Jensen ao seu lado para ajudá-lo. Via o quanto se estressava facilmente, ele não sabe lidar com pessoas, é péssimo para conversas, estamos trabalhando em nossa comunicação. Se fosse no ritmo de Ian, somente transaríamos, e ouviria somente eu falando, o que não aceitei, casamos, não queria apenas um homem para me foder, e sim um companheiro em tudo que precisava. Como pai Ian era impressionante, sempre carinhoso com Cloe.

Compreendia em partes seus motivos, o que tinha para contar sobre seu trabalho, dia a dia longe de casa, eram somente coisas ruins, agressivas e sobre dinheiro.

— Ontem exagerei..
Murmura fazendo carinho em minhas nádegas,  tirou meu vestido.

O sexo estava mais que bom, entretanto noites como a de ontem, Ian era extremamente cruel, mesmo dando-me imenso prazer, passava do limite.

— Não é minha intenção machucá-la — puxa meu rosto para perto do seu, somente consigo ouvi-lo, não tenho o que dizer. — Mas, às vezes essa porra é mais forte que eu, e você ainda geme daquele jeito..

Mordo os lábios para não rir, também não venho contribuído para manter seu autocontrole.

— Vamos trabalhar nisso, Ian, juntos.

Puxo seu lábio, sou viciada em sua boca.

— Você não me ajuda mesmo, Ninna.

Reclama erguendo-me em seu colo, ficando em pé. Logo estamos envolvidos em um beijo lento, que vai acendendo pouco a pouco o tesão, esquentando nossos corpos, sintonizados no balanço do outro, desde dos pés as mãos tudo formigava.

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