CAPÍTULO 9

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Ninna Miles🌺

Sufoco o grito que quer sair da minha garganta, Ian acabou desferindo vários golpes contra seu primo. Todos olham mas nenhum se prontifica, toma atitude sequer para impedir que Ian mate o próprio primo.

Foi tudo muito rápido, de repente fui puxada para longe do homem que me conduzia numa dança. Deixando rastro do cheiro de Ian que passou rapidamente por mim, para atacar o primo por sua audácia.

Olho horrorizada para a cena absurda, tão desumana. Foi apenas um beijo, contra minha vontade? Sim foi, mas isso não é necessário para tanta violência.

— Ian — o chamo vacilante, me aproximando com cuidado. Resta a mim fazer alguma coisa. — Não faça nada que vá se arrepender Ian. Por favor!

— Vou me arrepender somente de não matar esse Figlio di puttana — diz, largando o rapaz desmaiado no chão.

Coloco a mão na boca, o rosto dele está coberto de sangue.

— Ninna, melhor irmos dar uma volta — Candice aparece no meu campo de visão.— Venha!

— Ela vai ficar, não se mete, Candice! — diz ele raivoso com ela.

— Não refira palavra alguma, a minha mulher, não permito isso — Joseph diz, nunca ouvira esse homem falar palavra alguma.

— Vai querer acabar de me irritar, porra? — Ian não se intimida, assim como o irmão que peita ele.

— Está chamando atenção. Quer arruinar os planos, Fratello? — diz baixo, mas consigo ouvir o que Joseph pergunta.

Ian retoma um pouco de auto controle, não responde nada ao irmão, somente vem em minha direção. Candice que ainda estava perto de mim, somente se afastou.

— Cuide dos convidados, estou me retirando — diz pegando pelo meu braço.

— Ian — se torna presente a voz do pai de Ian, o chamando.

— Papà sa come sta — Joseph disse.

Enquanto era puxada por ele subindo as escadas, virei e vi que as pessoas voltavam a dançar, conversar como se nada tivesse acontecido. Quando os degraus acabaram, passamos pelo grande e largo corredor, as janelas eram enormes, parecia de castelo,.

— Para onde estar me lavando? — pergunto com a esperança de ter uma resposta.

Ian não me responde, apenas para de andar, tirando sua mão do meu braço. Se virando para mim, engulo em seco, nervosa por não saber qual é seu próximo passo comigo.

— Você gostou? — ele pergunta me empurrando na janela de vidro.

Fico confusa, assustada com sua atitude, não me machucou, mas fui pega de surpresa. Sua mão fica ao lado da minha cabeça, seus olhos se firmam olhando para os meus.

— Responda! — dar um golpe na janela, se não fosse de vidro resistência, acredito que quebraria. Com mais uma ação dele repentina, dei um pulo novamente assustada.

— Repita a pergunta— digo, meu peito sobe e desce. — Não entendi...

— Gostou do beijo? — ele repetiu desgostoso.

Não pude deixar de ficar surpresa, mas, era melhor não criar nada na minha cabeça.

— Aquilo nem foi um beijo.

Sua expressão não suavizou, sua mão que me prendia contra a janela foi retirada. Ian se afastou ainda me encarando.

— Vamos para meu quarto — ele diz.

— O quê? Porque para seu quarto? — pergunto nervosa.

— Faz perguntas demais, Ninna. Isso irrita. Não seja ridícula nas poucas perguntas que tem a liberdade de fazer, e ter minha resposta — diz ele, fico intrigada.

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