CAPÍTULO 36

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Ian Andreotti • Narrando

Passo as mão pelo rosto nervoso. Como assim ela foi embora? Bando de soldados incompetentes. Vasculhei o quarto no hotel, não há sinal de nada.

- Vai ver as porra das câmeras, Joseph.

Deixo o hotel rumo à mansão da família, hoje que mato Álvaro se estiver envolvido nisso. Murro o volante do carro, a fúria é tão grande que meu corpo está fervendo, suor escorre pela minha testa.

Que PORRA ela tem na cabeça, porque não me esperou. Ah Ninna....

*****

Entro no escritório de Álvaro, o filho da puta está fodendo Anne em cima da mesa. Os dois se assustam com minha entrada.

- Cadê a Ninna?

Não lhes dou tempo de se vestir.

- Minha filha?

- Não caralho.. .. Onde ela está?

Me aproximo deles, Anne tem suas mãos trêmulas enquanto ajeita o vestido.

- Ian!

Álvaro se coloca na frente de Anne.

- Seu filho da puta, foi atrás dela?

Perguntei para ele, que se manteve calado, somente me encarou. Sem paciência, acertei o rosto de Álvaro que cambaleou para trás, quando saiu do meu caminho peguei Anne apertando minhas mãos em volta do pescoço dela.

- Cadê minha mulher?

O corpo dela começou a se debater pela falta de ar, ela segurou meus braços batendo para que eu a soltasse. Ia matar essa fudida.

- Ian, se acalme!

Joseph me puxou.

- Me solta PORRA!

Empurrei ele.

- Não sabemos ... Ian..

Anne conseguiu falar. Me aproximei dela, a peguei pelo cabelo.

- Solta ela Ian - bradou Álvaro.

- Cala a porra da boca!

O silêncio. Joseph tinha os olhos arregalados, nunca havia presenciado eu tratando Álvaro dessa forma.

- Não sabemos de nada, Ninna estava sumida desde o jantar. Você escolheu a Sara, ela tem o direito de seguir a vida dela.

Aquela falsa calma dele não me convenceu. Seu rosto já estava inchado, ele não revidou, esse não é o tipo dele.

- Não vejo minha filha desde aquela noite.

Sussurrou Anne.

Larguei ela, Álvaro a levantou e ajeitou a roupa dela. Parte de seu corpo estava exposto. Mirei os dois um do lado do outro.

- Vou queimar os dois juntinhos, mas antes irei cortar cada pedacinho do corpo miserável de vocês. Se estiverem mentindo, vou descobrir.

Os olhos assustados de Anne fixos no chão, era sinal de mentira. Álvaro era profissional em mentir, mas sem nenhuma prova não poderia os matar, não se quiser descobrir.

- Saiam daqui!

Ordenei. Álvaro me olhou revolto sem entender.

- Esse é meu escritório.

- Seu?

- Sou um homem casado, esse lugar é meu.

- Sara ainda está viva?

| Minha Escolhida | [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora