11

23.2K 2.2K 846
                                    

Goiaba 🐺

Os dias aqui passaram da melhor forma, a gente comemorou o aniversário do mano como tinha que ser, não foi a mesma coisa mas a gente tomou de alguma maneira. Depois de uma semana a gente foi embora, quando cheguei no morro me meti nos corre que apareciam.

Fui me distraindo por cada bagulho, Gaspar tinha voltado com a gente também então tava geral aqui, mas a gente não tinha parado de reunir em nenhum momento. Se passou um mês desde que voltamos, eu tava em casa depois de terminar um corre quando o Gaspar chegou na minha casa, encarei ele e ele tava com um cigarro no bico.

Gaspar: Bora buscar Luana e Andressa no aeroporto comigo, mano? - Falou se jogando no sofá.

Goiaba: Aquela mulher não te larga.- Gastei.- Descobrir se é um moleque ou nega esse mês né?

Gaspar: Isso pô, tô animadão! Eu boto fé que vai ser um moleque mermo.- Concordei.

Goiaba: Vou providenciar um filho pra fazer parte do bonde também.- Apontei.

Gaspar: Ia ser maneiro, os quatro tendo filho assim, já pensou? - Concordei com a cabeça.

Goiaba: Em falar, tu trocou uma ideia com o Orelha?

Gaspar: Troquei viado, ele disse que só tava querendo tirar um tempo mermo.- Me encarou.- Vou lá mais tarde, quero saber se pelo menos pra ultrassom ele vai.

Goiaba: Se ele não for vai ser o maior vacilo da vida dele.- Apontei.

Gaspar confirmou com a cabeça e a gente ficou trocando uma ideia até a hora de ir buscar elas, Coronel tava resolvendo papo com milícia e era o dia todo longe. A gente pegou as duas e a Luana quis ir comer na padaria, eu marolei maneiro porque até hoje a ruiva não tinha falado nada.

Se liga cara, não mandou um oi, não ligou, não fez nada. Aí é foda, maior marola com ela.

Mermo assim a gente foi, desci do carro com as duas do meu lado e a gente entrou, eu me sentei e elas foram pegar os bagulhos dela.

Gaspar: Que cara de desconfiado é essa ein filho? - Bateu na minha cabeça.

Goiaba: Que nada pô, só tô cansadão.- Neguei e ele soltou uma risada baixa.

Luana sentou na mesa comendo uma torta de chocolate e Andressa um pão recheado. Fiquei comendo com a Luana até sentir um perfume conhecido no ar, eu tava de costas pra porta então virei pra olhar quando escutei uma voz conhecida também falando com alguém.

A Ana entrava sorrindo e falando com o segurança, quando ela me olhou acenou com a mão e passou por a gente nem parou pra falar.

Escutei as duas safadas murmurando uma pra outra e chutei as duas, Gaspar me encarou com ar de riso e eu balancei a cabeça pra ele.

Andressa: Vocês não iam sair?

Goiaba: A gatona aí não falou comigo.

Luana: E nem faz diferença né? Você pode ficar com quais ruivas você quiser, esquece ela! - Falou em tom de deboche e eu encarei ela.

Nem respondi, só peguei o último pedaço de torta escutando ela reclamar. Gaspar que pagou porque ele era o pai delas e a gente foi pra casa.

Fiquei marolando ali por maior cota, mas quando deu oito horas da noite eu me arrumei na maior paz e meti o pé pra zona sul como quem não quer nada, só no sapatinho.

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora