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Luana 🧚‍♀️

Cheguei na casa que eu ficava cansada até demais, a Andressa ia dormir no Coronel hoje e eu tava de boa até demais para ficar sozinha. Tomei um banho banho e só coloquei uma calcinha e top que não apertasse nada.

Eu tava tomando uma sopa que pedi pros meninos deixarem aqui no quarto, escutei alguém fechando a porta e abri maior olhão me cobrindo com o lençol.

Luana: Quem que tá aí? - Falei alto, vendo o corpo do João Lucas na porta.

Gaspar: Ia até bater na porta...- Deu os ombros entrando no quarto.- Mas sabia que tu ia ter preguiça de abrir.

Luana: O que você veio fazer aqui? - Falei baixo, me livrando do lençol e voltando a comer minha sopa.

Gaspar: Quero trocar um papo com você, pode ser? - Fiz carinha de nojo.

Luana: Tem chocolate aí? - Ele negou com a cabeça.- Então não.

Gaspar: Eu mando um moleque trazer uma caixa depois do de morango.- Se sentou na cama.

Luana: Então vem junto com a caixa.- Dei os ombros.

Gaspar: Pô cara, é sério.- Falou me olhando.- Como tu tá?

Luana: Bem...- Falei terminando a sopa.

Gaspar: Papo dez mermo? Tô levando um papo transparente.- Eu coloquei o prato na bancada.

Luana: O que você quer? Você sabe que essa situação toda me deixa triste, quer escutar isso? - Ele negou.

Gaspar: A última coisa que eu quero é te ver triste por minha culpa. Caralho Lua, eu juro que tô tentando fazer o que minha cabeça acha certo, namoral mesmo! É a minha forma de proteção.

Luana: Eu não concordo com ela e pronto.- Dei os ombros.

Gaspar: E o que tu quer que eu faça? - Cruzou os braços.

Luana: Chegasse em mim só pra ter esse papo transparente antes. Explicasse tudo direito, não jogasse toda uma bomba aos meus pés do nada.

Gaspar: Foi mal.- Falou me olhando.- Vacilo meu.

Luana: Claro que foi, meu é que não foi! - Falei revirando os olhos.

Gaspar: Eu jamais perderia o nascimento do nosso filho, se isso passou pela tua cabeça em qualquer momento. Só queria que eu não precisasse escolher te manter perto ou distante, só queria paz mermo.

Luana: Ficamos longos meses em paz e ainda bem. Mas não dá pra mais pra fingir que tá tudo bem quando a gente sabe que tudo vai virar o um caôs. Eu só queria que você conversasse comigo, como tá fazendo agora.

Gaspar: Isso só deixa claro que eu tô tentando, não é cara?! - Apontou.

Luana: Eu nunca disse que não, sempre respeitei seu tempo e suas manias. Sempre vi você evoluir aos poucos comigo, tive paciência e sempre deixei claro o quão orgulhosa eu era por isso. João, eu amo você e amo tudo que você faz por mim, seu cuidado, sua forma de amor, eu amo tudo!

Gaspar: Pô, eu acho que posso ser melhor que isso pra você. Namoral mesmo, quero ser o malandro que tu vai falar como eu sou foda pra qualquer um que perguntar.- Falou gesticulando e deitou na cama.

Luana: E você não acha que eu já falo assim? - Sorri fraco.- João, você já me ouviu falando de você pra outra pessoa?

Gaspar: Dá última vez tava me xingando pra tua vó porque eu não comprei o pastel.- Passou a mão no rosto e eu fiz cara feia.

Luana: Gaspar era um pastel de chocolate com morango, era tudo que eu precisava! - Bati na testa dele.

Gaspar: E eu tava te impedindo de passar a noite vomitando, isso só prova o quão foda eu sou! - Falou o óbvio e eu bufei.- Tu bota fé no meu papo? Tá entendo o que eu quero pra nós?

Luana: Entendo mas não concordo. Creio que você já é incrível pra mim, como tem que ser. Mas respeito, João. Você querer isso só me mostra que você realmente tá se esforçando por mim, me mostra que você realmente me ama.

Gaspar: É esse o bagulho pô.- Falou confirmando com a cabeça.- Quero que tu vá morar comigo, passei maior cota ajeitando cada detalhe da casa nova pra quando tu fosse vim de vez.

Luana: Casa nova? - Ele concordou.

Gaspar: Tem piscina.- Falou me olhando e eu sorri.- E o quarto de bagulho pra criança como tu falou.

Luana: E tem o pula pula? - Arquei a sobrancelha.

Gaspar: Não.

Luana: João Lucas pelo amor, eu falei que nosso filho precisa de um pula pula. Não tem condições de uma criança viver numa casa sem um pula pula.- Neguei.

Gaspar: Eu sei que o pula pula é pra criança chamada Luana. E daqui uns meses eu penso em comprar esse bagulho, doida.- Eu revirei os olhos.- Te quero lá porque caso aconteça algo eu vou tá por perto.

Concordei com a cabeça e pedi pra ele pegar mais sopa pra mim, ele foi e eu me encostei na parede passando a mão pela barriga. O Jorge pelo visto havia ficado feliz com a conversava porque ele estava a mil nos seus gols dentro da minha barriga.

Com certeza ele realmente seria um camisa dez, porque amava chutar, mas só quando o pai ou os tios estavam por perto. Gaspar entrou com meu prato e se animou com o Jorge mexendo, eu comecei a comer novamente bem tranquilo enquanto o Gaspar ficou falando com o Jorge, que dava vários "oi" pro pai.

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora