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Goiaba 🐺

Eu tava bolado maneiro, o cara não pode nem se divertir que fica sem fuder com uma ruiva gostosa, vida de gente bonita é foda mermo.

Quatro meses que a Ana não falava comigo, no começo eu nem me importei, tava tranquilo, era isso que eu queria. Como todas as outras, transar e meter o pé, tá maneiro, tava legal.

Até eu ficar incomodado, achava maior sacanagem ela usar o meu corpo, a minha rola, a minha boca e depois virar cara pra mim, é fácil assim?!

Eu tava decidido a deixar a vida dela sem paz, só por diversão e um pouco de vontade de ficar com ela de novo, só isso. Mas quem disse que eu consegui? Mandei mensagem pra ela depois de um mês da resenha, ela nem viu. Liguei pra ela três semanas depois da mensagem e ela bloqueou meu número.

Garota safada, igualzinha a mim quando passava meu número pra gente chata. A única diferença é que era o mais gostoso ligando, como que ela foi capaz de bloquear o melhor do mundo?

Safada!

E aí três meses depois decidi ir fazer uma visita a ela, só na paz, na maior alegria de amigo, que isso me?! Quando cheguei lá a garota nem olhou na minha cara, me tratou como se nunca tivesse me visto na minha vida... filha da puta, pilantra, safada, mal amada, feia!

Aí depois disso eu deixei ela quieta, marolei muito até colocar na minha mente que eu tava com saudades dela. E nem era só do sexo, era de conversar com ela, de observar como ela era gata e dela com o ego lá no céu.

Era maneiro, era diferente uma mina que não tivesse só preocupada com pica na buceta, que não quisesse só levar meu dinheiro embora, que tinha um papo de futuro, que se esforçava pra algum bagulho, era maneiro, ela era dahora.

E assim os quatro meses se passaram, era ameaça de guerra de um lado, os mano batendo do outro lado, Orelha se separando e a mulher indo atrás dele, era doideira atrás de doideira.

O coronel e gaspar tinham ido visitar a gravidinha, fiquei de olho no movimento do morro porque agora não dava pra da bobeira de ir os quatro de uma vez. Eram oito da noite quando eu cheguei na casa do Orelha, entrei batendo na porta e a chata tava na cozinha, mas meu mano tava jogando ps4.

Goiaba: Aí filho, só vim te avisar que vou dá um pulo lá na pista, pode ser? Fica de olho aí.- Falei jogando a chave da salinha da boca pra ele.

Orelha: Vai resolver o que lá?

Goiaba: Trocar uma ideia com a Ana cara, só de marola mermo.- Cocei a cabeça e ele me encarou.

Orelha: E quem disse que a garota quer trocar ideia contigo? Supera cara, ela vai te denunciar! - Falou me gastando e riu.- Vai lá, mas se liga, sem bobeira.

Pisquei pra ele saindo de novo e peguei minha moto. Fui até a casa dela e fiquei de marola até ela chegar, quando ela me viu ela me encarou com indiferença e respirou fundo.

Ana: Eu vou denunciar você pra polícia, isso é perturbação.- Falou tirando a chave do bolso.

Goiaba: Caralho para de ser chata, eu só quero trocar uma ideia.- Falei do lado dela e ela tirou o celular do bolso, desbloqueando e digitando o número da polícia.- Tu vai meter essa mesmo, Ana?

Ana: O que você quer? - Me olhou, pela primeira vez nesse tempo todo ela me encarou.

Goiaba: Conversar, tu fica nessa marola de não querer falar comigo. O que eu te fiz cara? Te prometi algum bagulho? Não fui safado contigo, deixei claro minhas intenções desde o início, não te dei motivos pra ficar assim! - Falei indignado e ela guardou o celular.

Ana: Nunca disse que você fez algo.- Respirou fundo.- Só dei o que você queria né?! Então me deixa em paz agora.

Goiaba: Pô, você tá certa! Eu só queria transar com você, era só mais uma conquista.- Ela continuou me olhando.- Mas foi além disso cara, se liga!

Ana: E você quer que eu faça o que? Só queria transar com você também, não precisa ser emocionado.- Deu dois tapinhas nas minhas costas.

Ana entrou em casa cantarolando uma música e eu cruzei os braços encarando o portão, essa garota tava dando uma de muito mais malandra que eu. Eu tava sentindo na pela o que eu fazia com as garotas, que maldade cara! Se eu fosse feio isso não estaria acontecendo, agora eu que sou bonito pra caralho tô sendo oprimido, é foda mermo.

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora