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4 meses depois.

Luana 🧚‍♀️

E estava aqui, quase complementando os oitos longos e esperados meses da minha gravidez. Não sabia que a ansiedade iria se transformar em tanto vômito e mal estar, mas quem liga se faltavam poucas semanas para ter meu filho em meus braços?!

Mas o Gaspar estava distante, não parecia mais tão feliz com a ideia de ter um filho, ou só não parecia mais feliz com a ideia de me ter por perto?!

Na ultrassom de sete meses ele falou " Não tem como tu vim fazer a ultrassom aqui, foi mal." E só, sem explicações, sem uma desculpa, ou sem qualquer coisa plausível.

Eu sabia que havia possibilidade da guerra tá armada com o Fábio, sabia que os meninos tavam encaixando as peças do jogo há meses e tudo indicava que ele estava ligado a facção inimiga. Mas poxa, o que eu ia fazer? E aliás, o mínimo que ele poderia fazer era me colocar ao lado dele, me levar pra perto e me proteger.

Porque foi isso que ele havia me prometido.

O parto do Jorge ainda estava aberto, não sabia se iria pra lá ou iria ter ele aqui, se o Gaspar queria estar, ou tinha ficado indiferente pra ele. Faltavam apenas uma semana pros oito meses e pouco tempo pros nove, então isso era algo que me preocupava.

Eu havia acordado mal, por tudo que acontecia na minha vida. Olhei pra Andressa que tava dormindo comigo e cocei a cabeça, fiz carinho no Jorge que me deu bom dia com um chute maneiro e eu sorri fraco, me levantando. Tomei um banho demorado, saindo quarto penteando meu cabelo e desci as escadas me jogando no sofá, peguei meu celular e havia um lembrete, "Dia de ver o João lucas."

E eu não esbocei uma felicidade, um sorriso ou uma animação, porque eu me sentia neutra em relação a nós, estava tudo tão diferente. Eu no sabia se ele vinha, a nossa última mensagem trocada havia sido com ele perguntando se eu estava precisando de algo, há um dia atrás.

Eu havia aberto a clínica de estética aqui como tanto queria, era uma boa distração. Mas como eu acordei enjoada decidi não ir, fiquei resolvendo tudo que tinha pra resolver de casa, enquanto minha vó estava lá, ela tinha amado tudo isso porque era uma ótima distração pra ela.

As horas se passaram, eu estava almoçando enquanto marcava a agenda do mês certinho quando escutei o portão abrindo, apenas olhei mas não tive visão. Achei que era minha vó e coloquei uma colher de comida na boca, ou melhor, só de verdura. Eu estava viciada em comer qualquer tipo de legume, acho que esse foi o melhor vício que eu já tive, me faz bem e é muito gostoso.

Quando senti aquele perfume forte e masculino pelo ar, levantei a cabeça vendo o Gaspar entrando com uma mochila nas costas, o Coronel entrou atrás dele e só do meu amigo que eu vi um sorriso de lado, pois o Gaspar foi apenas uma cara fechada.

Coronel: Qual foi minha loira.- Falou me fazendo tirar o notebook de cima das minhas pernas, coloquei o prato em cima do sofá e abri os braços, vendo ele me abraçar mesmo comigo sentada.

Ele estava vindo aqui com mais frequência que o Gaspar, as vezes ele vinha pra ver a Andressa, as vezes ela ia pra lá, estava muito feliz por eles dois.

Coronel: Cadê minha gatinha, tá dormindo? - Concordei vendo ele beijar minha barriga.

Luana: Passei a madrugada com febre, ela ficou acordada preocupada.- Fiz bico.

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora