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Goiaba 🐺

Hoje era sábado e eu tinha combinado de sair com a Ana. Fui até a casa dela e ela tava lá me esperando, ela tava vindo na minha direção quando eu escutei barulho de tiro.

Olhei pro lado querendo saber o que tava rolando, enquanto fui saindo dali mas escutei outro disparo, que se misturou com a dor no meu braço.

Ana: Goiaba.- Gritou tentando me segurar e eu desci da moto num pulo, escutando mais tiro e ela me puxou pra dentro da casa dela.

Quando ela fechou o portão um tiro passou pelo portão bem perto do rosto dela, ela paralisou por alguns segundos e eu coloquei a mão em cima do meu braço.

Ana: O que você fez, cara? Se metendo em coisa errada e vindo pra minha casa? - Falou nervosa com o celular na mão.

Goiaba: Meu único crime é querer transar contigo ein.- Falei sentado no chão com a mão no braço e ela me olhou nervosa.

Ana: Leva a sério, pelo amor.- Falou nervosa.

Ela ligou pra samu e eu tirei meu celular do bolso, eu tava sentindo uma dor do caralho e tava quase delirando, não tinha sido de raspão e a bala tava aqui dentro. Comecei a me sentir fraco e ela desligou o celular me olhando.

Ana: Eles tão vindo, calma.- Falou passando a mão no meu rosto, levantei o celular pra ele por que não tava em condições de usar nada.

Goiaba: Pro Coro, liga pra ele.- Pedi baixo e ela pegou meu celular procurando e ligando, fechei os olhos sentindo tudo embaçando e senti a mão dela no meu rosto.

Ana: Não dorme, fica aqui.- Deu um tapinha no meu rosto.- Isso tá sangrando muito, eu não sei o que fazer! - Falou nervosa.- Alô? Moço é a Ana, o Davi levou um tiro na minha casa...

Goiaba: Victor...- Murmurei, sabendo que o Coronel não ia saber quem era.- Victor reizinho delas.

Ana: O Victor, o Goiaba.- Falou nervosa.- O que da em cima de todo mundo.- Eu soltei uma risada fraca.- Ele tá na minha casa, levou um tiro no braço e tá perdendo muito sangue... Tudo bem, certo, vou mandar o endereço.

Ela jogou meu celular no chão depois de digitar e puxou minha blusa com força fazendo ela rasgar, eu já tava ficando totalmente inconsciente quando ela tirou minha mão do sangramento. Meu corpo já tava todo mole e eu só tava tentando resistir contra o peso de querer dormir, mas já tava impossível.

Goiaba: Caralho! - Gritei acordando na hora quando ela amarrou um pedaço da blusa em cima do tiro com força.

Ana: Pelo menos você tá acordado, não dorme.- Falou balançando as mãos que tavam sujas de sangue.- Aonde você me meteu, Goiaba?

Goiaba: Não sei, mas aonde eu posso meter fica contigo pra me dizer.- Ela me chutou sentando na minha frente e segurou minha mão.

Respirei fundo pra não me acabar em dor e escutei o grito do Coronel, ela me olhou assustada e eu mandei abrir o portão. Quando ela abriu veio os três moleques pulando em cima de mim e me levando pro carro, os três nervoso, os três malucos da cabeça.

Goiaba: Tira ela dali, não é seguro ela ficar.- Falei com o Gaspar que concordou.

Ele fechou a porta e fui com o Orelha do meu lado e Coronel dirigindo, já tava no fim das minhas forças porque não tava escutando mais nada, só zumbindo no meu ouvido, já tava cansado e não consegui resistir a mais nada.

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora