Vida Louca

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Ana 🦋

Na real mesmo?! Enrolei muito pra me conformar com a ideia do filho porque senti que tudo aconteceu tão rápido com o Victor, e esse era meu mundo.

Porque num dia eu fui pedida em namoro, horas depois vi meu novo namorado levando tiro. Tive que morar com ele por um mês seguido, viver vida de casado, e eu nem tava preparada pra isso.

E eu tinha medo, apesar de não conseguir admitir tudo isso muito bem, nós éramos diferentes. Nossas ideias não batiam tanto assim, a gente só não brigava todo momento, porque um ou outro sempre rendia paz, sempre acabava deixando as ideias de lado pra deixar em paz com o outro.

Eu me pegava pensando, era isso o certo? Iríamos dar certo assim, ou a gente deveria ser só mais um casal de temporada?

E as vezes eu parava pra pensar nessas coisas e só faltava chorar, porque eu já senti amor por ele, e não tinha como não sentir. Era o Victor, o mais amoroso do mundo, o mais engraçado e cuidadoso, o jeito dele de fazer as coisas deixava tudo tão lindo, sabe?! O amor demonstrado na hora certa, as ações, os abraços que por si só falavam, "amor, tu não tá sozinha não!" Era isso que me fazia apaixonar, e agora não era só por nós, tínhamos um bebê em nosso meio e ele tava fazendo de tudo pra ser incrível.

Goiaba: Tomara que seja uma menina pra ela brigar com a Ester e com a Sofia.- Falou animado e eu virei, olhando pra ele.

Ana: Por que vocês querem que as meninas briguem? - Falei sem entender.

Goiaba: Minha filha vai ser responsável por trazer entretimento de qualidade pra família.- Eu soltei uma risada leve.- Amor, tu tá feliz né?! Tipo porra, vai ter um filho comigo...

Ana: Tô sim.- Falei olhando ele estacionar.

Goiaba: Papo dez mermo? Não era esse o nosso plano e tal, mas sei lá pô. Pra mim tá sendo maneiro, to curtindo cada momento. Menos esse bagulho de ser o quinto mês e o bebê tá escondendo o sexo até agora.

Ana: Eu tô amando viver tudo isso, só porque é com você! - Beijei a bochecha dele.- E tomara que hoje a gente descubra, porque eu tô muito ansiosa pra ajeitar o quartinho.

Goiaba: Tu? Se manca garota, eu que vou lançar a braba ali, vou fazer porque artista, pablo picasso.- Apontou.

Revirou os olhos e eu desci do carro. Vi o resto da família ali e ele me abraçou de lado entrando comigo, entramos na clínica da Mari e ela abriu maior sorriso ao ver a gente, animei com ela e fomos lá, pra todo processo novamente.

Mari: Os meninos perderam a aposta.- Comemorou animada.- Não é menina.

Goiaba abriu maior olhão e eu soltei uma risada animada, meu namorado pulou em cima de mim me pulando e comemorou animado.

— Goiaba! - Todo mundo falou na mesma hora e o Orelha tirou a arma da mão dele.

Mari: Cara, eu não aguento mais. Toda ultrassom você quer atirar, se preserva garoto! - Falou brava com ele que só sabia rir.

Goiaba: Eu sou o homem mais feliz do mundo, que se foda! - Falou me abraçando e eu só sabia rir.

Goiaba tirou a blusa comemorando e ficou pulando com os meninos, as meninas me ajudaram a levantar e eu só sabia rir, enquanto limpava as lágrimas do rosto olhando a animação dele.