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Goiaba 🐺

Dia de sair com a maluca chegou e eu me arrumei, fui todo maneirin saindo de casa, subi na minha moto e fui parar casa da Ana.

De tarde tinha vindo aqui com o Gaspar, saber algum bagulho de quem tava morando, podia ter algum bagulho pra ajudar a gente, mas quando a gente veio não tinha ninguém em casa. Ele deixou um menor de olho e até agora não tinha vindo ninguém aí, segundo o mano.

Quando a Ana saiu de casa, ela tava de calça jeans e uma blusa mostrando a barriga, ela me encarou sorrindo e fechou o portão vindo na minha direção.

Goiaba: Tá uma gata ein cara.- Falei vendo ela parar do meu lado e me segurar pra subir na moto.

Ana: Todos os dias, isso nunca muda.- Achei graça e sai dali, mas nem tinha em mente onde comer.

Goiaba: Quer ir pra onde? - Falei quando parei no sinal e olhei pra trás.

Ana: Pode ser no mc, tem um á duas ruas daqui.- Apontou e eu concordei.

Fui direto pra lá, a gente pediu os bagulhos e sentou pra comer, maneirinho pra caralho o hambúrguer daqui.

Goiaba: Fala aí, Aninha. Que que cê curte fazer? - Falei olhando pra ela.

Ana: Trabalhar, estudar...- Apontou e eu neguei.

Goiaba: Nenhum rolê?

Ana: Só em finais de semana, mas ultimamente não tô indo muito. Tô juntando dinheiro pra fazer algo pra mim, então sem rolê.- Deu os ombros.- E você?

Goiaba: Rolê qualquer dia da semana, só chamar que eu vou.- Ela sorriu negando.

Ana: Você mora aonde?

Goiaba: Nova Holanda, tá ligada?

Ana: Já fui no baile de lá, é ótimo.- Deu os ombros. 

Goiaba: Se tu conhecesse minha casa então, diria que lá é um paraíso.- Ana me encarou por uns segundos e soltou uma risada, terminando de comer.

Ana: Tem motivos pra isso?

Goiaba: Vários, amor. Tem eu, tem que eu lanço um sexo maneiro, tem até café da manhã.- Pisquei e ela negou com a cabeça.

Ana: Se sua intenção era me levar pra jantar pra depois transar comigo, não vai rolar.- Falou debochando.- Nem fudendo.

Goiaba: Ué pô, por que não? - Terminei de comer também.

Ana: Não achei você tão interessante a ponto de transar com você, mas quem sabe na próxima. Adorei o lanche, você é fofo.- Falou levantando e indo em direção a saída.

Eu não sou interessante? Que isso, novinha tá maluca, fumou uma da braba e cheirou cinco carreias de pó, ejetou heroína pelo cu e o perfume era de lsd.

Me levantei indo atrás dela e ela tava na portaria, puxei ela pelo braço fazendo ela virar, os cabelos dela voarem e ela bater o peito no meu, ela era do meu tamanho então nossas bocas quase se tocaram, mas ela se afastou me fazendo segurar a cintura dela com firmeza.

Goiaba: Não te entendi legal, como que eu não sou interessante cara? Se manca ein.- Ela soltou uma risada me olhando.

Ana: Você só tá tentando transar comigo, não é interessante pra mim.- Falou segurando meu braço e eu continuei com a mão na cintura dela.- E você também só tem beleza, porque o papo é péssimo.

Goiaba: Bonitão pra caralho né?! - Pisquei pra ela que negou com a cabeça sorrindo.- Então tu não quer fuder comigo?

Ana: Não sou dessas.- Deu os ombros.- Me solta.

Goiaba: Pô Ana, não é só porque não vou transar comigo que não vou te levar pra casa né.- Soltei ela aos poucos e ela confirmou com a cabeça.- Ou tu tá com medo de não resistir ao meu charme? Não quer transar comigo mas passa uma hora do meu lado vai querer me dar, papo reto.

Ana: A sua autoestima é contagiante.- Falou rindo e andando, eu fui pro lado dela e a gente foi andando devagar em direção a moto.- Sempre funciona? Esse lance todo, com as outras meninas.

Goiaba: Na real não levo ninguém pra comer, esse é um ponto extra.

Ana: E nem valeu a pena pra você.- Falou irônica.

Goiaba: Não pô, que isso. Larga dessa, tu é maneira e gostosa pra caralho, valeu a pena. De qualquer forma tava precisando distrair a mente também, foi maneiro.

Ana: Aconteceu algo que tá te incomodando? - Falou parando na frente da minha moto.

Goiaba: Só um irmão meu tá diferente, tô bolado com isso mas não é nada demais.

Ana: Vai ver ele tá passando por algum problema, só isso.

Goiaba: Pode ser, mas a gente sempre dividiu as paradas pô.- Desviei o olhar.- Quer ir conhecer ele? Lá na minha cara, dentro do meu quarto?

Ana: Caralho, cê não perde uma.- Falou rindo e eu subi na moto sorrindo de lado.

Ela subiu e eu fui tranquil casa dela, sem muita presa. Quando cheguei ela desceu e eu parei pra esperar ela entrar, nem desci, só fiquei observando ela abrir o portão.

Goiaba: Nem um beijo mermo? - Ela virou me olhando.

Ana: Você vai passar a noite toda pensando em mim se eu te beijar, melhor não! - Veio na minha direção com cara de debochada e eu neguei com a cabeça.

Ana segurou meu rosto e se aproximou beijando minha bochecha em um beijo demorado, virei o rosto aos poucos chegando perto da boca dela e ela me soltou se afastando.  Ela deu as costas novamente pra mim e entrou em casa agradecendo pelo lanche.

Fiquei encarando o portão da casa dela por dois minutos até minha mente se ligar no que tinha acontecido, eu tinha saído com a mina e não ia passar a noite comendo ela, era a maior novidade pro Goiabinha rei delas. 

Vida LoucaOnde histórias criam vida. Descubra agora