Goiaba 🐺
Quando eu abri os olhos vi os moleques ali parados conversando, deitei a cabeça de lado e vi que a Ana tava aqui contando alguma coisa pro Orelha que conversava com ela.
Gaspar foi o primeiro a perceber que eu tava acordado e veio na minha direção, olhei pro meu braço que tava com ponto e respirei fundo.
Gaspar: E aí, mano. Tá tranquilo?
Goiaba: Continuo bonito e gostoso, relaxa! - Olhei pra Ana que me encarou e eu encarei ela sem entender.- Pô, tá gramadona no pai ein!
Ana: Por isso eu tava falando que ele fica bem melhor quando tá dormindo.- Comentou pro Orelha que confirmou com a cabeça.
Orelha: E olha que tu nem precisou de muito pra perceber isso.- Ela sorriu de lado.
Coronel: Dá uma licença pra nós aí, namoralzinha.- Falou com a Ana que confirmou com a cabeça saindo do quarto e fechando a porta.
Goiaba: Qual a boa de hoje? Comemoração na casa do Orelha? - Apontei piscando.
Gaspar: Se manca, maluco! - Bateu na minha cabeça.- Tu é o único que tá descendo pra pista esses últimos dias.
Goiaba: O que tem de bom no morro mais não me interessa, já conquistei.- Me gabei.
Coronel: Assunto sério, Goiaba. Dá uma segurada.- Eu neguei com a cabeça, moleque chatão.- Tu tá ligado que não foi atoa né?
Goiaba: Eu sei pô, alvo fácil. Mas deve ter algum bagulho a ver com gente morando na casa.- Apontei.
Coronel: Justamente, por isso quando tu sair daqui vai evitar de descer pra pista. Bagulho não tá bom, tu só não tá morto agora porque o Patinho deve ter tirado atenção, porque podia ser fácil um tiro na tua cabeça.
Goiaba: Imagina perder essa carinha linda.- Neguei indignado.- É muita inveja mermo, papo dez.
Orelha: A cara e a vida, ia perder tudo junto.- Falou tomando água e eu cocei a cabeça.
Gaspar: Tem moleque rondando aqui na tua segurança.- Falou fazendo toque comigo.- Vou meter o pé.
Eles três foram embora e a Ana entrou, ela me encarou e veio pro meu lado, encarei ela que fez cara feia pra mim e eu mandei beijo.
Goiaba: Tu já tá envolvida demais nesse bagulho, não deveria nem tá aqui.- Falei meio preocupado com esse bagulho, agora ela tava sendo um alvo fácil.
Ana: Me preocupei.- Falou soltando o ar.
Goiaba: Valeu.- Fiz legalzinho pra ela e ela passou a mão pelo meu cabelo.- Meu maior sonho é transar na cama de um hospital.
Ana: Se você falar mais alguma coisa sobre sexo eu vou embora e sumo da sua vida.- Falou se afastando e olhando pra janela.
Goiaba: Caralho não pode nem mais ser um moleque com sonhos.- Resmunguei.- O mundo já foi melhor.
Ana me encarou negando com a cabeça e me olhando como se eu fosse uma criança, eu soltei uma risada de lado e fiquei cantando uma música maneira com ela ali.
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Vida Louca
Teen FictionHistória do Goiaba e Ana. Desde novinho sempre foi conhecido pelo seu jeito brincalhão, o mais bobão entre todos os amigos, aquele que sempre fazia alguém sorrir, nos melhores e piores momentos. Acostumado a sempre ter uma noite, não importa com que...