Vida Louca

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Ana 🦋

Desde novinha sou acostumada com tiro por morar em comunidade em são paulo, mas nunca havia visto alguém sendo baleado na minha frente, ainda mais alguém que eu sou próxima.

Eu tava nervosa e não sabia se era porque vi isso tudo na minha frente, se tava com medo ou morrendo de preocupação com o moleque.

— Por enquanto não é bom tu ficar em casa sozinha, posso te deixar na casa do Goiaba ou num hotel.- O homem falou apontando e eu encarei ele.

Ana: Não vou a lugar nenhum com você, não tem conheço e você tem cara de homem safado.- Ele me olhou indignado, me fazendo ter vontade de rir.

— Se liga cara, eu sou casado, minha mulher tá grávida até. Sou maior responsa pô, relaxa! - Balançou a cabeça.- E tu ajudou meu irmão, a gente tá em dívida contigo.

Ana: Vou pegar uma roupa, você pode ficar aqui fora, mas como o portão fechado.- Falei entrando e fechando a porta.

Corri pegando uma roupa e algumas coisas necessárias e voltei, ele me esperava ali falando no celular e parecia falar com alguma mulher.

— Não tô em festa cara, se manca! Tô resolvendo um corre... Agora não dá pra te falar loirinha, mas eu te falo mais tarde. Jae, se ficar muito alta vai no médico, toma o remédio e tenta dormir... Cuida do meu filho pô, tamo junto...- Eu escutei ele falando antes de abrir a porta.- Que te amo o que, vai dormir que amanhã é outro dia.

Eu soltei uma risada fraca e abri a porta, ele guardou o celular me olhando e abriu o portão, tranquei o mesmo seguindo ele em direção a moto e ele subiu.

—Hotel ou casa do Goiaba? - Pensei bem.

Ana: Hotel.- Ele concordou.

Subi na garupa e ele saiu dali indo pra um que ficava aqui perto, ele desceu e entrou comigo, pagou tudo e me estendeu a chave do quarto.

— Se acontecer algum bagulho estranho liga pro celular do Goiaba que alguém te atende, melhor tu dar um tempo da tua casa. Passa o dia aqui amanhã e volta na segunda, pode ser?! - Eu concordei.- Tá tudo pago.

Ana: Obrigada, qual hospital ele foi?

Ele me explicou e me deu três notas de cem caso eu precisasse, como eu não era boba nem nada eu apenas aceitei e agradeci de coração. Subi pro elevador vendo ele ir embora e fiquei me olhando no espelho, minha roupa estava total sujas de sangue e eu estava total preocupada.