Millah
Entro no bar em mais uma habitual manhã de trabalho. Phil e eu tínhamos resolvido nossos problemas, o que é ótimo, mas ele também deixou claro que o que sente por mim vai além de uma amizade, e certamente não é o mesmo que sinto aqui, Phil estava tranquilo, então acho que vamos conseguir seguir nossas vidas sem isso nos incomodar de verdade. Depois de falar com o Phil, quis ver o Jake, não existe nenhuma boa razão para isso, apenas uma súbita vontade de ve-lo, como se minha conversa com o Phil tivesse mudado algo, não consegui adquirir muitas coisas do meu encontro com ele, além da confirmação que essa química viciante que sinto desde que o conheci é real. Ficou bastante claro que Jake se sente exatamente igual, uma informação interessante, mas que não tornaria nada fácil ficar tanto tempo ao seu lado. Essa é uma das poucas vezes que não tenho a menor ideia do que o futuro me espera, o que é assustador pra caralho.
Me sento na minha mesa, e continuo de onde parei no dia passado. 5 minutos depois, Jake entra, assim que percebe minha presença me lança um sorriso.
- Bom dia, lindinha. – Palavras tão normais, que parecem tão especiais saindo pela boca dele. Jake tem o poder de fazer isso.
- Bom dia, Hawkins. – Ele se senta na minha frente.
- E então, como passou a noite depois de tentar me seduzir no meu carro? – Suas palavras me fazem rir. Enquanto meu rosto adquire uma falsa expressão de choque.
- Seduzir você? Jake, eu só estava me despedindo.
- Se você faz isso com todo mundo, vou começar a ficar com ciúmes. – Eu reviro os olhos com falso aborrecimento.- Não se preocupe com isso. – Seus olhos brilham quando me direciona um sorriso com satisfação.
Sou distraída pelo meu telefone que escolhe o momento perfeito para tocar. O nome da minha mãe aparece. Hesito sobre o que faço agora, minha mãe sabe que estou no trabalho, então por que me ligaria? O pensamento de que alguma coisa possa ter acontecido me deixa ansiosa.
- Pela expressão no seu rosto presumo que seja importante, vá atender. – Jake responde. Me sinto sortuda pelo meu emprego atual, Ricky surtaria se pedisse para atender uma ligação, o impressionante é que na época ele ainda era meu namorado.
- Obrigada, Jake! – Não espero uma resposta, apenas pego meu telefone e saio da sala, me direciono para fora de seu alcance. A ligação cai pela demora em atender, em seguida uma mensagem chega:
“Oi, Mih! Mamãe pediu que ligasse para ela quando sair do trabalho.”
Reconheço fácil que é meu irmão mandando a mensagem. O que deixa tudo mais estranho. Retorno imediatamente.
Eu: Mãe?
Greg: Oi Mih, sou eu.
Meu irmão responde.
Eu: Greg? O que aconteceu?
Greg: Onde você está, irmã? Mamãe disse que devia estar no trabalho agora.
Eu: Eu estou, mas posso falar. Qual é o problema?
A ligação fica em silêncio por um tempo. Juro que estou próxima de surtar.
Eu: Greg, pelo amor de deus! Onde nossa mãe está? Quero falar com ela.
Greg: Saiu por alguns minutos, mas pediu para ligar pra ela quando tivesse tempo.
Isso não me reconforta de nenhuma forma, mas conheço ele, duvido muito que vá conseguir me dar qualquer informação, assusta-lo com minha preocupação é desnecessário.
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Where You Belong
FanfictionA vida de Millah muda completamente quando ela descobre que seu namorado, e também chefe, a estava traindo. Sem emprego, Millah começa a ficar desesperada pensando no futuro. Um dos seus amigos mais antigos, Phil, oferece um trabalho em seu bar. Sem...