Antes de descobrir a magia, o mundo oculto e real que existia debaixo dos olhos de cada habitante de Três Luas, tudo era normal. A vida de Mariana era bastante comum na cidade localizada no interior do Rio de Janeiro, mas tudo vira de cabeça para ba...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O festival acabou em clima de felicidade. Ketlyn juntava sozinha todos os cartazes com sua foto e jogava no lixo, enquanto suas amigas iam embora. Nicolas me acompanhou até em casa, mas antes de chegarmos, parei de andar e olhei para ele.
— Nicolas. Então, preciso te dizer algo. — Começo falando e ele me olha confuso. — Eu gostava de você quando éramos mais novos. Você é uma pessoa incrível e do bem, é simpático e gentil, só que eu... não posso mais continuar isso.
— Você tá terminando comigo? — Ele pergunta sério, e eu concordo com a cabeça.
— Desculpa, é só... eu gosto de você, mas eu não estou apaixonada. Não quero te enganar nem enganar aos meus sentimentos. Então prefiro que isso acabe aqui, agora, a se estender futuramente.
— Nossa. — Ele parecia meio chocado, então olha para qualquer lugar que não seja para mim. — Só perguntando. Eu te fiz alguma coisa?
— Não. Você não fez. Quem fez foi eu, de ter deixado isso se tornar algo mais sério. — Admito com sinceridade, vendo seu olhar incrédulo.
— Se é isso o que você quer... então tudo bem. Não posso te forçar a nada, apenas desejar que você seja feliz. — Ele diz, por fim, e sorri para mim. — Um último abraço?
Concordo com a cabeça e me aproximo dele, o abraçando por alguns segundos. Depois, ele apenas vai embora em silêncio, e finalmente tiro aquele peso dos meus ombros. Eu estava aliviada, mas sabia que Nicolas ia entender e ficar bem.
Assim que entrei em casa, vi minha mãe na cozinha preparando o almoço. Eu voltei um pouco mais cedo da escola, então, a este horário ela ainda estava em casa.
— Oi filha! Cadê o Samuel? Como foi o festival? — Ela pergunta empolgada.
Jogo minha mochila no sofá e ando até a cozinha, me apoiando na bancada enquanto a via cozinhar.
— Eu vim com o Nicolas. O festival foi legal. Samuel cantou para a Eduarda e eles se beijaram.
— Ah, por que não chamou o Nicolas para entrar e almoçar conosco? E desde quando o Samuel canta? — Ela questiona confusa e eu sorrio.
— Sei lá. Só sei que foi fofo. — Dou de ombros. — Nicolas e eu terminamos.
Helena para imediatamente de preparar a comida e me olha. Acho que ela esperava que eu estivesse triste e chorando, então, se aproxima com um olhar preocupado.
— O que aconteceu? Vocês brigaram?
— Não. Eu só não... eu não gostava dele o suficiente para continuar algo mais sério, sabe? Então preferi terminar. — Explico, vendo ela me observar atentamente.
— Se você acha que foi o melhor, então fez certo. — Diz, certamente orgulhosa, e volta a mexer nas panelas do fogão. — Aproveitando que está aqui a toa, corte as cenouras e as batatas.