Capítulo 31: Família Lobos

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— Mariana

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— Mariana. Seu pai e eu conversamos e decidimos que é melhor você passar um tempo fora de Três Luas.

Minha boca tenta abrir, tento falar algo, mas o choque era tão grande que não consegui dizer um "a". Meu pai havia chegado há algumas horas e estava, ao lado da minha mãe, sentado no sofá enquanto conversávamos seriamente sobre o que havia acontecido na festa.

— Sabemos que isso é só uma fase que qualquer adolescente passa, filha. Só que você nunca foi assim, você sempre foi uma menina caseira e estudiosa que odiava ir para festas e agora vai para uma, bebe mais que o normal e expõe uma colega desse jeito? — Meu pai diz, mil vezes mais calmo que a minha mãe, enquanto me olhava preocupado. — Talvez você precise de um tempo para pensar direito, um tempo para acalmar os nervos até se sentir melhor para voltar.

— Mas e a escola? — Pergunto com a voz fraca.

— Conversamos com a dona Tânia para repassar qualquer coisa importante que você perca. Até o dia das provas você já estará em casa novamente. — Respondeu minha mãe e meu pai assentu.

— Filha, você sabe que qualquer coisa pode falar comigo e com a sua mãe. Até mesmo com a sua avó. Se isso foi um surto seu, se você ficou chateado quando descobriu daquele garoto Nicolas... não sei bem qual o problema, mas você pode confiar em nós para o que precisar. — Meu pai diz gentilmente, me fazendo concordar com a cabeça.

— Conversamos com a tia Ione para você passar um tempo lá. Talvez assim você aprenda com a sua prima Rafaela que passou em segundo lugar para medicina na federal. — Minha mãe diz cruzando os braços, e meu pai o olha por alguns instantes.

— É, é. Você vai ficar só um tempo.

— Certo. — Dou de ombros, ainda desconfortável com aquela situação.

Minha mãe decidiu tirar meu celular durante esse tempo para que eu não pudesse fazer nenhuma outra besteira. Caso eu precisasse me comunicar, usava o telefone fixo que ainda existe na casa da tia Ione.

Uma sensação horrível passava pelo meu corpo. Era como se eu tivesse cometido um crime, como se todos os problemas fossem jogados para cima de mim de uma vez só. Eu tinha total consciência que aquilo foi necessário, e que assim, o alvo de Ketlyn sairia dos meus amigos.

Me levantei e fui até o meu quarto, me segurando para não chorar. Tirei todas as coisas da escola e coloquei algumas roupas e o que eu achava mais essencial para levar. Coloquei pelo menos dois livros para levar, um deles era o livro azul dos alienígenas. Quando estava tudo pronto, troquei de roupa sem ânimo algum e olhei para debaixo da cama, vendo meu grimório lá.

Por um momento eu esqueci que era uma bruxa, qual era o meu verdadeiro objetivo. Talvez, passar esse tempo fora de Três Luas me desse tempo para pensar em algo para deter Cassandra e treinar o meu poder. Então, guardei o grimório junto com o resto das coisas.

O Legado de Hécate - A Magia das Bruxas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora