Capítulo 33: Velhas Almas

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Três dias se passaram desde que vim para a casa da tia Ione

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Três dias se passaram desde que vim para a casa da tia Ione.

Eu estava gostando de ficar com eles, era divertido, mas eu sentia falta de casa. Minha mãe ligava todos os dias para saber como eu estava. Parecia que ela estava arrependida de ter me mandado para longe por tanto tempo.

Consegui avisar a Vitória sobre a visão que tive há três dias, no mercado. Mandei uma mensagem pelo instagram pelo celular da Rafaela, mas Vitória não me respondeu. Eu estava preocupada, mas aparentemente estava tudo bem. Ainda.

Rafaela e eu fomos até uma quadra esportiva e assistimos Walace competir em uma regional de capoeira, mas infelizmente ele não ganhou. Walace ficou feliz apenas por ter participado, então saímos para comemorar na tal lanchonete.

Agora, Rafaela e eu estávamos no terraço treinando algumas técnicas de concentração e meditação. Eu estava muito mais atenta do que antes, de certa forma, com meus sentidos aguçados. Parecia que eu enxergava melhor, ouvia melhor, sentia melhor.

— Antes de atacar o seu oponente com a magia, tenta entender quais serão os possíveis ataques dele. Veja os sinais corporais, tente analisar a direção em que seu corpo irá se expressar. Se você tiver tempo, não gaste sua energia com Cassandra. Deixe-a atacar, se defenda e faça com que ela se canse. Só assim você a contra-ataca.

— Sei lá, estou sentindo algo diferente... — Comento, abrindo os olhos e me levantando do chão. — Tem algo de errado!

— Como assim? — Rafaela se aproxima confusa. Sinto minhas mãos formigarem, assim como o resto do meu corpo.

— As energias desse lugar... quer dizer. Acho que esse negócio de concentração não está me fazendo muito bem. — Digo receosa e passo as mãos no meu braço, olhando para os lados com a sensação de estar sendo observada.

— Vamos parar um pouco, comer alguma coisa. Depois continuamos. Ah... — Rafaela tira o celular do bolso e desbloqueia, entregando o aparelho para mim. — Sua amiga respondeu.

— Vitória? — Questiono e abro o instagram, começando a ler as mensagens dela.

Oi Mari. Foi mal o vácuo, não dava pra usar o celular. Tem alguma coisa acontecendo aqui na cidade, parece que todos estão adoecendo e ninguém tá entendendo. Enfim, volta logo. Precisamos de você aqui.

— Ela disse que acha que todos estão adoecendo... tipo uma epidemia. — Falo para Rafaela e entrego seu celular, começando a caminhar para dentro.

— Acho que já está na hora de você voltar. — Rafa diz com sinceramente enquanto me acompanhava, e eu concordo.

Observo o sol descer aos poucos e dar lugar a bela noite que se iniciava. Antes de sairmos totalmente da varanda, ouço uma risada vindo por trás.

O Legado de Hécate - A Magia das Bruxas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora