𝐑𝐢𝐜𝐚𝐫𝐝𝐨 𝐀𝐥𝐦𝐞𝐢𝐝𝐚 𝐧𝐚𝐫𝐫𝐚𝐧𝐝𝐨...
Depois de tudo o que aconteceu na madrugada, Sol e eu fomos dormir. Eu acordei com o sol batendo em meu rosto e uma brisa fresca no ar. Peguei o meu celular e vi que já era duas horas da tarde, dormimos muito. Olhei para o lado e vi a Sol, dormindo de barriga para baixo e roncando baixinho. Era a coisa mais linda que eu já vi no mundo, até roncando ela era linda.
Comecei a beijar o pescoço dela para poder acordá-la. Sol acordou em poucos segundos e disse:
- Ricardo, pelo amor de Deus! Me deixa dormir! - Quando ela me chamava de Ricardo, é porque ela estava muito brava.
- Sua patricinha de meia tigela, acorda. Já são duas da tarde. - ri.
- E o que eu tenho a ver com isso? Me deixa em paz! - Sol se moveu bruscamente e tentou achar outra posição para ficar.
- Você não está com fome?
- Não. - respondeu de maneira rabugenta.
- Pois eu estou. - Fiquei cutucando ela.
- Vista-se, escove os dentes, abra a porta, pegue o corredor, vire a direita e estará na cozinha. Provavelmente é a Bah que vai estar lá. E para de me cutucar!!! - Ela me deu um tapa.
- Tá bom, fique ai dormindo o dia todo. Eu não vou te trazer café na cama. - Ela resmungou algo, mas não consegui entender. Sol voltou a dormir.
Me levantei e fiz tudo o que ela disse pra eu fazer. A cabana estava silenciosa, parecia que não tinha ninguém lá. Demorou um pouco, mas consegui chegar até a cozinha. A mãe da Sol e uma empregada estavam lá, eu fiquei bem constrangido, mas me mantive firme.
- Boa tarde, Ricardo. - Sara me recebeu amigavelmente.
- Boa tarde, Dona Sara.
- A Sol não acordou?
- Ela não quis levantar.
- A Sol e o seu mal humor matinal, mas você já deve saber bem. - Sara se sentou em um banquinho em frente a um balcão - Aqui o almoço sai bem mais tarde, então fique tranquilo, não perdeu muita coisa. Aceita um café?
- Aceito. - Com muito bom grato e com duas colheres de açúcar.
A doméstica serviu um café para nós dois e colocou um pote de bolachinhas sobre o balcão. Bebi somente o café, fiquei com vergonha de comer na frente da Sara.
- Bom, Ricardo, eu espero que você não tenha ficado traumatizado com tudo o que viu ontem. - Sara coçou a cabeça.
- De maneira alguma. De onde eu vim, eu já vi coisas muito piores. - percebendo que o que eu tinha dito poderia ser mal interpretado, corrigi - Digo...
- Tudo bem, Ricardo. Eu entendi - por incrível que pareça, ela riu - Você morava com a Sol no orfanato, não é?
- Sim, durante muito tempo.
- Então você deve ter tido uma infância ruim. - Sara me olhou nos olhos e eu senti uma pontada no peito.
- Como você pode imaginar, senhora.
- Me desculpa, não vou tocar nesse assunto. - Sara, desviou o olhar - Eu percebi que você não ficou muito feliz após ver o pai biológico da Sol. Ele é professor na faculdade, né?
- Ele é professor da Sol, eu faço outro curso. Não o conheço muito bem, mas eu não vou muito com a cara dele. - Tomei mais um gole de café, que saiu rasgando pela minha garganta.
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PAIXÃO INDOMÁVEL 🔥
RomanceSINOPSE: Solange Campos é uma garota de 19 anos que está cursando desing gráfico em uma das faculdades mais renomadas do país. Sol foi adotada por uma família rica após passar anos em um orfanato, mas isso não a livrou dos perrengues de ser uma calo...