Conversas íntimas

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Após o café caloroso, fomos ao parque local. Eu precisava distrair a cabeça e tentar apagar a lembrança do Gabriel, da Samantha e do Rick. A Maricota e a Fofoléia, estenderam uma toalha no gramado e todas nos ficamos ali, tomando um sol.

- Quando que você vai me visitar na França? - disse a tia Rebecca toda largada em cima da toalha.

- Você está me convidando? - dei um leve surto.

- Claro que estou. Acho que vai ser bom para você. O que você acha Sara?

- Acho que você quer corromper a minha filha com essas propostas.

- Veja bem, Sara, eu te corrompi?

- Rebecca, você me corrompeu sim.

As duas ficaram discutindo ali por um bom tempo, a única coisa que me passava pela cabeça era eu em Paris, tomando um café e comendo croissant, em baixo da torre Eifell, desenhando e curtindo a brisa parisiense.

- Eu vou ligar para a Bah e ver como estão os gêmeos, eu já volto. - minha mãe se levanta e vai fazer sua ligação.

- Então, senhorita Solange. Me diga, qual é a do Rick ou Ricardão - a tia Rebecca ri e me pega desprevenida.

- Não tem nada, tia. - engoli em seco.

- Sua mãe não está mais aqui, você sabe que pode me contar o que quiser. Eu sou liberal!

- É algo bem complicado.

- Ótimo, eu adoro resolver pepinos. - ela se empolga - Vai desembucha.

*Suspirei fundo.

- O Rick, ele é um cara que eu conheço a muito tempo, desde o orfanato e crescemos juntos lá. Ele sempre implicou comigo e eu nem tenho certeza do por que ele faz isso. - olho no rosto da minha tia e ela está prestando atenção em tudo.

- Hum.. - ela olha ao redor - Eu acho que sei o porque.

- Sabe?

- Ele gosta de você.

- Que maluquice, tia. - revirei os olhos.

- E pelo visto você fica muito chateada e dá muita importância a esse comportamento dele. O que significa que o que ele sente por você é correspondido. - a tia Rebecca sorriu de canto.

- Não, você está enganada. Ele me odeia, sempre odiou e eu o odeio mais ainda. - faço beicinho - Ele é arrogante e ainda se acha superior a mim. Como eu posso gostar de um pangaré desse, tia?

* Rebecca ri.

- Vou te dar um conselho, retirado do escritório amoroso da tia Rebecca - Ela chega mais perto - Seduza ele e prove ao contrário.

- O que? - fico perplexa.

- Eu vi o que ele fez com você na entrada da cafeteria, ele está jogando o charme dele contra você. Ele acha que você está nas mãos dele, sua tonta. - Rebecca se levanta e começa a imitar a cena - Você estava lá toda vunerável, com as pernas bambas e se molhando toda.

- Tia! Ai meu Deus! - coloco a mão no rosto, sentindo muita vergonha.

- Garota, eu quero que você entenda uma coisa, nunca deixe um homem fazer você de capacho. - ela se senta do meu lado novamente - Você é linda, esses cabelos longos, castanhos e seu belo par de seios estão ai pra isso. - fiquei corada, mas continuei ouvindo - Deixa ele comendo na sua mão, bota essa beleza pra jogo. Mostra pra ele quem é que manda, no final, você mete o pé na bunda dele e vocês dois estarão quites.

- Essa foi a ideia mais ridícula que eu já ouvi - dei risada.

- Não me ouça, Sol. Mas saiba que se você não mostrar o seu valor, ele vai continuar achando que você está na mão dele e a implicância permanecerá. Você decide. - minha tia fechou os olhos e voltou a cara para o Sol.

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