Aniversário dos gêmeos - parte 3

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Depois de dar uma bronca daquelas na Dolores, fui atrás do Benjamin. Encontrei ele jogando video game no quarto com o filho da tia Rebecca. Após encher ele de beijos, só que não, voltei para o quarto.

A noite caiu rapidamente, a festa já estava rolando na sala. Olhares não paravam de encarar o Rick, mas ele não se incomodou com nenhum deles. Fui buscar um prato de comida e a tia Rebecca veio atrás de mim:

- Eu soube desde o dia em que vi esse rapaz, que você ficaria com ele. - Ela disse baixinho em meu ouvido.

- Nossa, tia. A senhora é tão esperta. - debochei.

- Sabe, você é das minhas. O rapaz é bem bonito e dê graças a Deus que eu sou velha e acabada. Eu poderia facilmente tirar ele de você. - Rebecca brincou.

- Por que você sempre faz isso, tia? - revirei os olhos.

- Diversão. - ela riu e me abraçou - Você está feliz?

- Eu estou. - sorri como uma boba.

- É assim que se fala, Sol. Tenho orgulho de você. - ela me deu um beijo na bochecha e saiu.

O tempo se passou, tudo ia bem. Vini se aproximou do Rick e ficaram conversando por um bom tempo. Acho que se deram bem, falaram sobre negócios e por mais que eu não entendesse, ouvi tudo. O Vini é um grande empresário e o Rick faz administração, não sei onde ele quer chegar, mas a conversa rendeu. Infelizmente a minha amiga não veio, Melanie, saudades dela. A festa foi seguindo um curso natural e tranquilo, até que a campainha tocou, uma das empregadas foram atender e eu fui correndo atrás dela. Chegando lá, era o Lorenzo, meu pai biológico.

- Pode deixar, eu conheço ele - Chamei a atenção dela, a empregada logo obedeceu e se afastou.

- Espero não estar incomodando. - Lorenzo sorriu. Ele estava muito bem vestido e perfumado.

- É, você veio mesmo. Bem, entre. - chamei ele para entrar.

Todos olharam para mim e para ele, meus pais ficaram boquiabertos com a imagem do Lorenzo. Ambos vieram até nós, o meu pai com a cara fechada e a minha mãe de queixo caído.

- Lorenzo? O que faz aqui? - meu pai o encarou.

- Pelo visto você procurou a nossa filha. Pedimos tanto para você não fazer isso. - minha mãe ficou irritada.

- Eu jamais quebraria o acordo que fizemos. Foi apenas uma coincidência. - Lorenzo respondeu apreensivo.

- Mãe, pai, ele é o meu professor. Foi assim que eu reencontrei ele, então não briguem com ele. - toquei no ombro dele para passar um certo conforto - Eu que chamei ele até aqui e desculpe se eu não contei nada. A verdade é, que ter ele aqui é importante pra mim.

- Filha, tem um motivo de nós não termos contado nada sobre ele a anos atrás. Ele nos procurou, queria te ver, mas você ainda era tão imatura. Ficamos com medo de te ver sofrer. - minha mãe pareceu estar preocupada e segurou as mãos do meu pai com força. Eles realmente estavam preocupados comigo.

- Se pra você é importante ter o seu pai biológico aqui, nós entendemos. Só tinha que nos avisar antes, estamos com convidados e a maioria nem sabe quem é ele. - meu pai, sempre com o jeito carrancudo dele.

- Eu não quero atrapalhar, Isaac. Eu só vim porque a Solange me chamou, mas posso ir se quiserem. - Lorenzo foi humilde.

- Não, você está aqui porque a Solange quer e a casa é dela também. Você é bem vindo, Lorenzo. - minha mãe o cumprimentou.

- Obrigada, mãe. - sorri e fiquei emocionada.

- Seja bem vindo a nossa casa, Lorenzo. - meu pai também o cumprimentou - Por favor, fique a vontade.

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