Um péssimo dia

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Após o momento mais memorável de toda a minha vida, seguimos viagem. Apesar de eu estar um pouco abatida, me sentia bem ao lado dele.

- Então, querida.. Você foi bem cuidada?

- Você já deve saber que sim. A Sara e o Isaac são pessoas incríveis. - respondi enquanto olhava para a paisagem da janela do carro.

- Sim, eu soube. Eu fiquei feliz em saber que você foi criada como uma princesa, assim como deveria ser. - Lorenzo sorriu.

- E você?

- Você quer saber de mim?

- Evidente, Seu Lorenzo. - sorri de canto, tentando manter o bom humor.

- Eu soube que você tem irmãos. - ele mudou de assunto.

- Sim, tenho dois. Mas eu pensei que a gente ia falar de você.

- Te perguntei porque eu ia te informar que por um acaso, você tem mais um irmão.

- Você teve mais um filho? - fiquei boquiaberta.

- Sim, ele tem um aninho. O nome dele é Juan. - Lorenzo tirou uma foto do bolso e me entregou.

- Nossa, ele é...

- A minha cara, acertei?

- Pelo visto não foi a primeira vez que te disseram isso. - entreguei a foto de volta. Era um menino bem parecido com ele e um pouco comigo. Cabelos castanhos e lisos, pela branca e uma bochecha gordinha.

- Todos dizem isso. - Lorenzo riu.

- Então você se casou?

- Se com se casar você quis dizer, juntar as escovas de dentes, a resposta é sim. - Lorenzo suspirou fundo - Se você quiser, posso apresentá-los a ti.

- Quem sabe um dia. - saiu sem querer, mas foi exatamente o que eu quis dizer, não em voz alta.

- Sim, quando você estiver pronta. - ele sorriu.

*Chegamos ao campus já de tardinha.

- Obrigada por tudo, pai. - quando me referi a ele como pai, o mesmo sorriu de orelha a orelha - Só te peço uma coisa, que não conte sobre a gente a ninguém. Pelo menos não por enquanto e nem para os meus pais. Claro, se puder.

- Sem problemas, minha filha. Então, até amanhã?

- Até amanhã. - forcei um sorriso e sai do carro.

Ele se foi e a uma sensação estranha tomou conta do meu corpo. Eu estava confusa diante de toda aquela situação, não sabia o que pensar e nem como reagir, só o tempo dirá o que vai ser de nós. Fui para o meu dormitório, louca para tomar um banho e descansar, mas assim que entrei no meu quarto, tive uma surpresa desagradável:

- Brenda! Duda! Que putaria é essa? - gritei, assim que vi a Duda no meio das pernas da Brenda.

* Me virei de costas para a parede e cobri o rosto com as mãos.

- Ai, porra! - Brenda gritou.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou Duda.

- E- eu que te pergunto! Aliás, o que vocês duas estão fazendo em cima da minha cama? Ai Jesus!

- Calma, Sol. Eu pedi transferência de dormitório. - disse Brenda.

- E por que? Eu estou traumatizada!

- Ah, não se faça de santa. - Duda foi saindo pela porta, mas antes encostou suas mãos em meu ombro.

- Ah! Tira a mão de mim! - dei um pulo e ela saiu gargalhando da minha cara - Por favor, me diz que você está de roupa!

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