Aniversário dos gêmeos - Parte 2

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Durante o caminho eu fui explicando para o Rick como eram os meus pais. Claro, ele viu a minha mãe e a tia Rebecca uma vez, mas não foi o tempo suficiente para ele realmente perceber a loucura que era. Apesar de tudo, o Rick estava bem animado e não pareceu muito nervoso com a situação. A verdade é que eu estava nervosa, principalmente depois de mandar o endereço de casa para o Lorenzo. Não sei se ele realmente vai para lá, só sei que se ele for, algo pode acontecer, de muito bom ou de muito ruim.

Algumas horas depois, chegamos na cabana dos meus pais. Já havia dois carros parados na frente de casa e eu já sabia de quem eram os carros. A parada ia ficar bem feia, só Jesus na causa. Descemos do carro e pedi para o motorista pegar os presentes e entregar a empregada, lá pela porta dos fundos, para que os gêmeos não vejam eles tão cedo. Rick pegou a minha mala e a dele, fomos andando até a porta de entrada.

- Já vou avisando, mantenha a calma e leve tudo na brincadeira. - suspirei fundo antes de entrar.

- Você já me disse isso. - Rick respondeu com um olhar divertido.

- Eu não posso deixar de falar, vai que você esquece. - bufei.

Assim que abri a porta, já na sala, o trio parada dura se fazia presente. Elaine, minha mãe e a tia Rebecca, ambas olharam para nós dois. Cada uma teve uma reação diferente, Elaine arqueou a sobrancelhas e ficou de boca aberta, a tia Rebecca sorriu de canto, maliciosamente e a minha mãe, fechou a cara, mas veio até mim rapidamente.

- Sol, meu amor. Você veio mesmo. - Minha mãe me abraçou forte.

- Eu disse que viria, mãe. - retribui.

- E esse rapaz é? - minha mãe olhou para o Rick como se nunca tivesse visto ele.

- Ricardo Almeida, senhora. - Rick pegou na mão de minha mãe e beijou, como um verdadeiro cavalheiro.

- Espera ai, eu também quero um beijo na mão, Sara. - minha tia Rebecca veio, toda pomposa.

- Oi, tia. - revirei os olhos.

- Oi nada, eu não falei com você ainda. - Rebecca me deu um tapinha nas costas e estendeu as mãos para o Rick - Prazer em revê-lo, querido. Pode me chamar de tia se quiser.

- Rebecca! - Minha mãe e Elaine gritaram.

- Eu avisei, Rick. - cruzei os braços.

- Muito prazer, senhora. - Rick levou a mão da minha tia em sua boca, mas foi interrompido pela mão do José.

- Você é muito educado, rapaz. Mas acontece que esse Cherry é todo meu. - José puxou a Rebecca para si.

- Saudades de você, tio. - dei graças a Deus.

No meio dessa confusão toda, meu pai Isaac e o marido da Elaine, o Vini, apareceram na sala.

- Minha filha, você chegou? - meu pai veio até mim e me deu um beijo na testa - Você trouxe mais um garoto para casa?

- Mas um garoto, Sol? - Rick me olhou desconfiado.

- É que... - gaguejei.

- Ora, Isaac. Deixe a menina em paz, ela está na flor da idade, é bem comum ela ter vários namorados. - Rebecca piscou pra mim.

- Qual o seu nome, rapaz? - meu pai arqueou a sobrancelha.

- Ricardo, senhor. - Rick respondeu, apreensivo.

- Não vai dar um beijo na mão dele também? - José brincou.

- Beijo na mão? Como assim? - meu pai cruzou os braços.

- Pessoal, eu vim ver os aniversariantes, lembra? O Rick não é atração de circo. - me irritei.

- Seus irmãos estão em seus respectivos quartos. - minha mãe respondeu - Seja muito bem vindo a nossa casa, Ricardo. Sinta-se a vontade. Só tenho algo para avisar, não temos muitos quartos de hóspedes, então você pode ficar com a Sol, no quarto dela.

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