Capítulo 43 - Uou uou uou

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Camila Cabello  |  Point of View





Eu estava observando Lauren, ela estava no meio de muitas pessoas, acredito que colegas de trabalho e eu estava sentada, no banco improvisado, com Austin e Shawn.

— Camila... nós queríamos contar uma coisa. – Shawn disse e eu os encarei.

— Contem...

— Nós estamos casados.

— Eu sei, vocês me contaram nas cartas, mas porque elas não vieram?

— Então... casados um com o outro.

— Uou uou uou...

— Eu sei... foi bem louco mesmo...

— Uou uou uou... uou uou uou

— Não era essa a reação que esperávamos.

— Uou uou uou... quer dizer... parabéns? – Eu disse e os abracei... super chocada com a novidade. Como foi isso? Desde a época de escola?

— Não exatamente, nós ficamos naquela época, mas prometemos não comentar nunca sobre aquilo. Ficamos no mesmo quarto da universidade e uma noite, enquanto estávamos conversando com as luzes apagadas, eu comentei sobre uma garota... e Austin disse que não queria ouvir sobre isso, pois ainda estava com nosso beijo na cabeça e estava confuso sobre os sentimentos em relação a mim. Foi então que eu comecei a ficar confuso também... Depois de um mês estávamos namorando.

— E os pais de vocês?

— Eles aceitaram bem... disseram que vivíamos juntos mesmo, não mudaria muita coisa. – Eu ri.

— Como é o sexo de vocês? – Eles gargalharam.

— Monges falam sobre isso?

— Não sou monge, sou conselheira. Quero saber como foi.

— Foi muito bom... pois já havíamos comentado das nossas antigas experiências, somos melhores amigos, então um já sabia o que o outro gostava.

— Uou uou uou... – Eles gargalharam. — Eu nunca imaginaria isso. Uou uou uou...

— O que houve, Camz? – Lauren perguntou e eu apontei para os dois.

— Eles são um casal. Você sabia? – Ela assentiu. — Que loucura. Agora estou imaginando os dois transando. – Eles
gargalharam.

— Camz... o que é isso?

— Eu não sei. Estou em choque aqui. – Eles levantaram e foram dançar. Assim ficou mais fácil de imaginar eles transando.

— Camz? Ainda está imaginando eles transando?

— Muito louco, não é? Eu nunca imaginaria isso, agora entendo porque o Austin surtou quando eu o chamei de viado no colegial...

— E como você se sente sobre isso?

— Sei lá... imaginar eles com homens não é tão assustador, mas Vero com um homem me deixaria perplexa. – Ela gargalhou.

— Pare de imaginar os outros... imagine nós duas fazendo amor... – Ela disse e sentou no meu colo.

— Não posso ficar excitada. Você viu como essa calça é soltinha? Seria constrangedor.

— Amor... como é no budismo em relação a modos preventivos?

— Não tem problema nenhum... só condenamos o aborto.

— Bom, pois tomo anticoncepcional.

— Sem problemas... – Eu disse e beijei o ombro desnudo dela.

— Camz... você viu Bethe?

— Sim. Achei muito nobre a sua atitude e eu a admirei mais por isso. Mais ainda, se é possível. – Ela me abraçou.

— Vero disse que teve que ameaçar Lucy... ela é obcecada por você, bebê.

— Lucy é muito mimada, sempre teve tudo que quis a hora que quis. Só é uma frustrada por não ter conseguido ficar comigo. Se ela tivesse ficado, nem lembraria seu nome.

— Eu acho que se ela tivesse ficado... aí saberia como é bom e te sequestraria.

— Não acho isso.

— Eu acho... mas não me importo nada com ela, mas me importo com você não ter conversado com Dinah ou Normani.

— E não vou... não por enquanto. Sei que ficarei tensa com isso e não quero ficar assim no dia mais feliz da minha vida.

— Entendo você, mas você vai conversar com elas?

— Vou. Depois. – Ela assentiu.

— Que horas saí nosso vôo?

— Às 20h.

— Vôo noturno.

— Sim. Algum problema?

— Não... só achei que passaríamos a noite no hotel.

— São poucas horas.

— Bom... estamos casadas, já posso saber onde passaremos a lua de mel, não é?

— Claro. Vamos para a Grécia. Atenas para ser mais específica.

— Onde ficam os monumentos históricos?

— Exatamente. Achei que seria diferente e eu fui pra lá uma vez, é incrível. Você vai adorar...

— Eu sempre quis conhecer a Grécia.

— Eu sei, mas você não vai conhecer muita coisa.

— Por quê?

— Só vamos sair do quarto pra comer. – Eu disse e ela gemeu baixinho.

— Não faz isso comigo...

— Isso o que?

— Você sabe como estou... provavelmente vou morrer quando gozar. – Eu gargalhei.

— Não é pra tanto... mas já estamos casadas... não precisamos esperar... – Mal terminei de falar e Lauren levantou rápido do meu colo.

— Vou dar tchau para meus pais. – Ela disse e correu... eu e fiquei mais nervosa ainda.

Meu carro estava enfeitado e eu o liguei, esperando Lauren conversar com a mãe.

Chegamos ao hotel mais próximo de onde estávamos e parei ali. Peguei uma mochila com roupas confortáveis pra ela tirar o vestido, tranquei o carro e fui até a recepção. Peguei o cartão e entrelacei meus dedos trêmulos e gelados aos de Lauren.

— Temos duas horas... – Eu disse.

— Do jeito que estou é mais que suficiente. – Eu ri de nervoso... eu estava muito nervosa... – Camz... porque está tremendo? E gelada? – Ela apertou minha mão com as duas dela. — Está tudo bem? – Entramos no elevador e a porta se fechou.

— Estou... só estou nervosa... muito nervosa.

— Por quê?

— Fazem sete anos que não faço isso... tenho medo de ter perdido o jeito.

— Camz... isso é instintivo, como você me disse na primeira vez.

— É... você está certa. Só relaxar. – Eu disse e fiz um pequeno mantra enquanto o elevador subia.

Entramos no quarto e fechei a porta, colocando a mochila no sofá. Ela colou nossos lábios e logo suas mãos desabotoaram minha camisa. Abri os botões do vestido dela e ela o tirou... ela estava com um conjunto de lingerie vermelho... aquele contraste me descontrolou.

Eu a peguei no colo e a arremessei na cama, tirei minha calça e cueca longe, pulando na cama e arrancando a calcinha dela em um puxão.

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