Camila Cabello | Point of View
Ela virou e me pegou pelo braço.
— Acho que precisamos ir para casa.
— Mas não compramos nada.
— Vamos logo. – Ela me puxou para o estacionamento e eu peguei Bia no colo.
Antes de entrar no carro... Lauren voltou e puxou alguém de trás do pilar e jogou no chão. Coloquei Bia no carro.
— Fica abaixadinha pequena. Vamos brincar de esconder com a mama.
— Eba!
— Fica quietinha e não se levante. – Ela assentiu colocando o dedinho sobre os lábios pedindo silêncio. Beijei a testa dela, abri um pouco os vidros e fechei a porta.
Me aproximei rápido, pois Lauren estava esmurrando uma mulher. Corri e ela ergueu a mão.
— Se você se meter, vai sobrar para você. – Ela disse e puxou a mulher pela gola e isso fez o capuz do moletom cair e era Lucy. – Essa puta tem que entender que você tem dona, Camila. Ela não escutou... então vou enfiar juízo a tapa nessa fuça dela. – Lucy tinha o rosto ensanguentado e tentava tirar as mãos de Lauren dela, mas estava fraca. — Eu não esqueci do dia que você disse para eu deixar a Camila, pois ela era da escola. Essa foi a maior burrice que você já disse, Camila não era da escola, ela não era de todas, ela sempre pertenceu a uma única pessoa... ela estava se divertindo com vocês, mas sempre foi minha. É comigo que ela dorme todas as noites e eu que fui a escolhida para dar uma filha a ela. Eu! Você vai se afastar, Lucy! Se eu enxergar você de novo, ou se eu souber que esteve perto da Camila... eu termino o que comecei. – Lauren levantou, limpou os joelhos e cruzou por mim. — Vamos Camila! – Ela disse e eu virei, caminhando para o carro. A puxei pelo braço.
— Eu disse que estamos brincando de esconde-esconde. – Lauren assentiu e entramos no carro.
— Vou desistir, Camz. A Bia se escondeu muito bem. Procurei por tudo. – Ouvimos uma risadinha e acabamos sorrindo junto. — Você não vai me contar?
— Não podemos trapacear.
— Então eu desisto. Acabou.
— Eeeeeeeeeeeeeeeê! Ganhei! – Ela disse pulando de trás do banco e subindo na cadeirinha. — Tava cundida ali mama. – Ela disse e Lauren fingiu se espantar.
— Mentira, pequena. O tempo todo?
— Sim mama. A papa me cundeu qui. – Ela disse e eu bati a mão na dela.
— Vocês são demais. O que acham de irmos aquele shopping que tem o fliper?
— ISSO MAMA! – Bia gritou e eu liguei o carro. Lucy estava escorada no pilar, limpando o rosto e um pouco tonta ainda.
×××
Bia estava no pula-pula e acenava as vezes. Lauren retornou com várias sacolas e as atirou no meu lado, se sentando.
— Cansei. – Ela disse e escorou a cabeça no meu ombro.
— Você sabe que fez uma coisa errada, não é?
— Vai defender?
— Não é defender. E se ela te denuncia? Tem câmeras lá... e se você vai presa?
— Ela nunca me denunciaria. Tenho Lucy e todos os podres dela guardados no meu baú. Se for esse seu medo, fique tranquila. Ela não é tão burra assim.
— Bom... assim fico mais tranquila. – Eu disse e ela ficou observando Bia. Me aproximei mais dela e beijei seu pescoço... fui subindo meus beijos e cheguei a orelha dela. Mordi o lóbulo...
— Não me acende... – Ela disse segurando meu braço, pois eu tinha acabado de colocar na perna dela.
— Quero você, Lauren... eu nem lembro quando foi a ultima vez...
— E você acha que estou como? – Ela disse e eu avancei nela, selando nossos lábios e a pegando pela nuca. Ela retribuiu, mas acabou me afastando, empurrando meu peito. — Calma.
— Eu estou louca por você, Lauren. É sério...
— Mas estamos em público e nossa filha está aqui. – Ela disse e eu a puxei para outro beijo. Ela retribui novamente, mas depois acordou e me afastou. — Sério, amor.
— Estou cheia de tesão, Lauren... – Ela gemeu e fechou os olhos.
— Não fale essas coisas, Camz... eu estou na mesma situação.
— Essa noite vai ser curta. Vou te virar do avesso. – Eu disse a puxando e chupando o pescoço dela.
— Se controle bebê.
— Eu estou me controlando, amor. Pode ter certeza disso. – Ela levou a mão até a parte interna da minha coxa e apertou ali.
— Está duro? – Ela perguntou mordendo meu lóbulo e eu fechei meus olhos com força.
— Muito... quase explodindo. – Eu disse e a beijei novamente. Agora ela retribuiu na mesma intensidade.
— PAPA! MAMA! – Lauren pulou para longe e eu cruzei minhas pernas.
— Fala pequena.
— Tô di fominha. – Ela disse massageando a barriguinha. — Quero Lot dog. – Acabamos rindo e ajeitei os cabelos de Lauren.
— Vai levando ela lá e eu vou colocando essas sacolas no carro. – Lauren assentiu e saiu com Bia dali.
×××
Bia estava como uma maluca correndo pela casa.
— Ela não deve mais tomar sorvete depois do jantar. – Lauren disse e estávamos sentadas no sofá. Bia corria e pulava por cima de nossos colos, se atirava no outro sofá... era de cansar só de olhar. — Vai se machucar filha.
— Num vô! Sô a super plincesa! – Ela disse e continuou correndo.
— Você pensa em mais filhos, bebê? – Lauren perguntou e eu segui olhando para Bia que estava fazendo as bonecas voarem.
— Eu penso... mas não agora. Quero aproveitar mais a Bia e queria a opinião dela sobre isso. E também, você que deve decidir isso, pois a dor é toda sua... eu fico agoniada só por lembrar o que você passou. Mas seria ótimo... já pensou? Um Tobias correndo pela casa.
— Tobias? – Ela disse e eu assenti. — É um belo nome. Eu nem me lembro da dor... olha que maravilha. – Ela disse apontando para Bia. – Eu passaria por isso mais trinta vezes... é mágico.
— Podemos pensar sobre o assunto então.
— Podemos sim. – Abracei ela... beijei sua testa e Bia se enfiou entre nós.
— Vamo vê Frozen? – Eu ia falar que não. — Pufavozinho! – Ela disse com aqueles olhinhos tão parecidos com o de Lauren...
— Não consigo dizer não para ela. – Eu disse e Lauren negou, pelo meu tom de lamentação. No fim, pela milésima vez,
estávamos assistindo esse filme... Precisamos comprar outro filme para ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Trama
Fanfiction"O comportamento emocionalmente instável dos adolescentes é atribuído à explosão hormonal típica da idade." Camila sabe muito bem o que é isso, já se deixou dominar por todos os instintos primitivos e não controla seus impulsos, já Lauren, soube mui...