Capítulo 72 - Planejar

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Camila Cabello  |  Point of View






Ela virou e me pegou pelo braço.

— Acho que precisamos ir para casa.

— Mas não compramos nada.

— Vamos logo. – Ela me puxou para o estacionamento e eu peguei Bia no colo.

Antes de entrar no carro... Lauren voltou e puxou alguém de trás do pilar e jogou no chão. Coloquei Bia no carro.

— Fica abaixadinha pequena. Vamos brincar de esconder com a mama.

— Eba!

— Fica quietinha e não se levante. – Ela assentiu colocando o dedinho sobre os lábios pedindo silêncio. Beijei a testa dela, abri um pouco os vidros e fechei a porta.

Me aproximei rápido, pois Lauren estava esmurrando uma mulher. Corri e ela ergueu a mão.

— Se você se meter, vai sobrar para você. – Ela disse e puxou a mulher pela gola e isso fez o capuz do moletom cair e era Lucy. – Essa puta tem que entender que você tem dona, Camila. Ela não escutou... então vou enfiar juízo a tapa nessa fuça dela. – Lucy tinha o rosto ensanguentado e tentava tirar as mãos de Lauren dela, mas estava fraca. — Eu não esqueci do dia que você disse para eu deixar a Camila, pois ela era da escola. Essa foi a maior burrice que você já disse, Camila não era da escola, ela não era de todas, ela sempre pertenceu a uma única pessoa... ela estava se divertindo com vocês, mas sempre foi minha. É comigo que ela dorme todas as noites e eu que fui a escolhida para dar uma filha a ela. Eu! Você vai se afastar, Lucy! Se eu enxergar você de novo, ou se eu souber que esteve perto da Camila... eu termino o que comecei. – Lauren levantou, limpou os joelhos e cruzou por mim. — Vamos Camila! – Ela disse e eu virei, caminhando para o carro. A puxei pelo braço.

— Eu disse que estamos brincando de esconde-esconde. – Lauren assentiu e entramos no carro.

— Vou desistir, Camz. A Bia se escondeu muito bem. Procurei por tudo. – Ouvimos uma risadinha e acabamos sorrindo junto. — Você não vai me contar?

— Não podemos trapacear.

— Então eu desisto. Acabou.

— Eeeeeeeeeeeeeeeê! Ganhei! – Ela disse pulando de trás do banco e subindo na cadeirinha. — Tava cundida ali mama. – Ela disse e Lauren fingiu se espantar.

— Mentira, pequena. O tempo todo?

— Sim mama. A papa me cundeu qui. – Ela disse e eu bati a mão na dela.

— Vocês são demais. O que acham de irmos aquele shopping que tem o fliper?

— ISSO MAMA! – Bia gritou e eu liguei o carro. Lucy estava escorada no pilar, limpando o rosto e um pouco tonta ainda.


×××


Bia estava no pula-pula e acenava as vezes. Lauren retornou com várias sacolas e as atirou no meu lado, se sentando.

— Cansei. – Ela disse e escorou a cabeça no meu ombro.

— Você sabe que fez uma coisa errada, não é?

— Vai defender?

— Não é defender. E se ela te denuncia? Tem câmeras lá... e se você vai presa?

— Ela nunca me denunciaria. Tenho Lucy e todos os podres dela guardados no meu baú. Se for esse seu medo, fique tranquila. Ela não é tão burra assim.

— Bom... assim fico mais tranquila. – Eu disse e ela ficou observando Bia. Me aproximei mais dela e beijei seu pescoço... fui subindo meus beijos e cheguei a orelha dela. Mordi o lóbulo...

— Não me acende... – Ela disse segurando meu braço, pois eu tinha acabado de colocar na perna dela.

— Quero você, Lauren... eu nem lembro quando foi a ultima vez...

— E você acha que estou como? – Ela disse e eu avancei nela, selando nossos lábios e a pegando pela nuca. Ela retribuiu, mas acabou me afastando, empurrando meu peito. — Calma.

— Eu estou louca por você, Lauren. É sério...

— Mas estamos em público e nossa filha está aqui. – Ela disse e eu a puxei para outro beijo. Ela retribui novamente, mas depois acordou e me afastou. — Sério, amor.

— Estou cheia de tesão, Lauren... – Ela gemeu e fechou os olhos.

— Não fale essas coisas, Camz... eu estou na mesma situação.

— Essa noite vai ser curta. Vou te virar do avesso. – Eu disse a puxando e chupando o pescoço dela.

— Se controle bebê.

— Eu estou me controlando, amor. Pode ter certeza disso. – Ela levou a mão até a parte interna da minha coxa e apertou ali.

— Está duro? – Ela perguntou mordendo meu lóbulo e eu fechei meus olhos com força.

— Muito... quase explodindo. – Eu disse e a beijei novamente. Agora ela retribuiu na mesma intensidade.

— PAPA! MAMA! – Lauren pulou para longe e eu cruzei minhas pernas.

— Fala pequena.

— Tô di fominha. – Ela disse massageando a barriguinha. — Quero Lot dog. – Acabamos rindo e ajeitei os cabelos de Lauren.

— Vai levando ela lá e eu vou colocando essas sacolas no carro. – Lauren assentiu e saiu com Bia dali.


×××


Bia estava como uma maluca correndo pela casa.

— Ela não deve mais tomar sorvete depois do jantar. – Lauren disse e estávamos sentadas no sofá. Bia corria e pulava por cima de nossos colos, se atirava no outro sofá... era de cansar só de olhar. — Vai se machucar filha.

— Num vô! Sô a super plincesa! – Ela disse e continuou correndo.

— Você pensa em mais filhos, bebê? – Lauren perguntou e eu segui olhando para Bia que estava fazendo as bonecas voarem.

— Eu penso... mas não agora. Quero aproveitar mais a Bia e queria a opinião dela sobre isso. E também, você que deve decidir isso, pois a dor é toda sua... eu fico agoniada só por lembrar o que você passou. Mas seria ótimo... já pensou? Um Tobias correndo pela casa.

— Tobias? – Ela disse e eu assenti. — É um belo nome. Eu nem me lembro da dor... olha que maravilha. – Ela disse apontando para Bia. – Eu passaria por isso mais trinta vezes... é mágico.

— Podemos pensar sobre o assunto então.

— Podemos sim. – Abracei ela... beijei sua testa e Bia se enfiou entre nós.

— Vamo vê Frozen? – Eu ia falar que não. — Pufavozinho! – Ela disse com aqueles olhinhos tão parecidos com o de Lauren...

— Não consigo dizer não para ela. – Eu disse e Lauren negou, pelo meu tom de lamentação. No fim, pela milésima vez,
estávamos assistindo esse filme... Precisamos comprar outro filme para ela.

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