Capítulo 85 - Latina

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Verônica Iglésias  |  Point of View





— Não é ciúme, é incomodo.

— Parece ciúme...

— Talvez seja um pouco... Keana, você me confunde muito. – Ela grudou nossos corpos e selou nossos lábios. Minhas mãos adentraram o cabelo dela e logo as mãos dela maltratavam minha cintura. Ela invadiu a minha boca com sua língua e foi me empurrando até que meu corpo se chocou com meu carro.

Segurei seu pescoço e circulei sua cintura com minhas pernas. Ela subiu as mãos devagar por baixo da minha blusa. Eu estava sem ar, mas parar era uma coisa que eu não faria... ela não pensou o mesmo. Foi diminuindo a intensidade e prendeu meu lábio entre os dentes e o soltou devagar.

— Eu gosto mesmo de você, latina.

— Então me leva para sua casa. – Eu disse e juntei minha testa a dela.

— Levo se você me esperar. – Ela disse e selou nossos lábios novamente... e de novo... e de novo...

Eu assenti e ela me soltou. Voltou para o trabalho, fiquei no carro esperando ela e muito nervosa...


×××


Quando chegamos, na porta tinha uma cesta e um aviso: “Por favor, coloque seus sapatos aqui.”

Eu fiz isso, ela pegou os saltos dela e abriu a porta. O apartamento dela, diferente do meu, era completamente organizado e muito iluminado, móveis brancos e o carpete branco. Dá até pena de pisar. Mas era simples ao mesmo tempo.

— Está com fome?

— Na verdade eu só estou com medo de sujar alguma coisa. – Ela sorriu.

— Relaxa... senta, vou buscar algo para você beber e vou tomar um banho. – Assenti. Vi uns porta retratos e o irmão dela é muito parecido com ela.

— O que achou do meu lar?

— Você tem alguns empregos para a faculdade, esperava bem menos para ser sincera.

— Eu e meu irmão fizemos a promessa de não mexer em uma agulha na casa dos nossos pais.

— Quantos anos vocês tinham? – Peguei um retrato da família toda.

— Eu tinha dezenove e ele nove...

— Nossa... deve ter sido pesado. – Eu disse colocando o retrato no lugar.

Foi muito mais para ele do que para mim. Eu precisa muito orientar ele e não podia deixar de demonstrar meu afeto toda hora. Fiquei com medo que ele se perdesse, era linha dura com ele, até na escola levava e trazia até ele se formar.

— Você é muito forte.

— Eu tive que ser por ele e de alguma forma, cuidar dele me distraia. – Ela me entregou uma long neck e eu a abracei.

— Você é incrível... eu nem sei o que dizer.

— Diz que vai se sentir a vontade enquanto eu estiver tomando banho. – Obviamente ela não queria conversar sobre isso, então selei nossos lábios e assenti.

Terminei a cerveja e procurei a cozinha para deixar a garrafinha ali.


×××


Eu estava mexendo no celular... foi um banho demorado.

— Demorei porque não sabia se era para me vestir ou não. – Ela disse e estava vestindo uma camiseta grande, que só revelava que ela usava cueca... e porque o mais surpreendente é que eu adorei... achei super sexy. Aqueles cabelos molhados. — Quer conhecer meu quarto?

Eu levantei e ela pegou minha mão, entramos no quarto ao fim do corredor, nem tive tempo de analisar e já estava sendo prensada a parede. Ela me beijava com tanta intensidade que minha intimidade já estava pulsando e nem tínhamos começado.

Eu abri minha calça e tirei junto de minha calcinha, ela tirou minha blusa e me jogou na cama. Já cai de pernas abertas para ela, foda-se! Estou louca pra dar mesmo.

Ela tirou a camiseta e o corpo dela era uma perdição, deitou sobre mim e seus lábios atacaram meu pescoço, suas mãos habilidosas se livraram do meu sutiã e eu gemi como uma putinha quando seus lábios tocaram meu mamilo que estava quente... eu estava quente demais. Keana me virou, tão rápido que só percebi quando um choque se espalhou por meu corpo enquanto seus lábios trilhavam a linha de minha coluna...

— Se está tentando me excitar, não precisa mais, pois estou escorrendo por você... – Ela gemeu.

— Latina... assim você acaba comigo...

— Você está me enlouquecendo. – Me virei e ela tirou a cueca, observei sua intimidade livre de pelos e gemi... pois não existe coisa melhor.

Ela cruzou a perna por cima da minha e nossas bocetas molhadas se roçaram e os gemidos foram das duas.

Ela se movimentou lentamente e minhas mãos se arrastavam por toda a extensão de suas costas, ela beijava meu pescoço até que chegou meu ouvido...

— Gostosa...

Ela deitou ao meu lado e eu gemi em frustração, pois meu corpo sentiu o choque da falta de seu calor sobre ele.

— Quero te comer olhando sua bunda maravilhosa. – Ela disse eu já passei minha perna por seu corpo, sentando sobre sua intimidade e de costas para ela. Eu não sabia o que estava fazendo, mas estava com tanto tesão que pouco me importava o que ela queria. ela apertou minha bunda e me fez erguer o quadril, me penetrando com dois dedos. — Caralho... você é muito apertada.

Subi e desci o quadril gemendo agoniada, ela apertava minha bunda e arranhava minha costas com a mão livre. Eu estava subindo e descendo, aumentando a velocidade, ela torceu o dedo e acertou alguma coisa... um ponto que fez meu
corpo tremer e me acelerou os batimentos.

— Isso! – Eu disse e estava me desligando, não lembrava nem meu nome, virei em gemidos e arranhava as coxas dela, acelerando o meu quadril. Só sabia que tinha que me movimentar mais rápido... até que meu corpo estremeceu de verdade eu parei os movimentos, as ela continuou movimentando o dedo sobre aquele ponto e eu berrei o nome dela aos quatro ventos. Parecia uma louca, mas eu não me lembro de ter sentido coisa tão intensa antes.

Eu estava suando e sem forças, olhei por cima do ombro e ela tinha um sorriso enorme nos lábios e estava ofegante.

— Eu sempre imaginei as latinas como mulheres quentes, mas você é quase o inferno. – Eu sorri e cai meu tronco cansado sobre o peito dela. Ela me abraçou e beijou minha nuca. Estava tão cansada que acabe pegando no sono. Acho que não me importo de ser a passiva dela sempre que ficarmos juntas.

TramaOnde histórias criam vida. Descubra agora