Capítulo 37 - Não pragueje

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Camila Cabello  |  Point of View





De banho tomado e com roupas “normais”, estava em frente a mansão dos Jauregui. O segurança, que primeiro quase atirou em mim, depois quase me pegou no colo pra me acompanhar até a porta.

Mike abriu a porta e me pegou no colo. Isso é estranho... eu recebi muitos abraços hoje. Eu ria e ele me girava.

— Pequena zen... não acredito que você voltou. – Ele disse.

— É bom estar de volta.

— Largue ela, querido. Sabe como budistas lidam com demonstrações de afeto.

— Mas ela não está mais no templo.

— Mas continua sendo budista.

— Tudo bem. Eu não me importo...

— Desculpe, pequena zen.

— Tudo bem. Eu não me importo mesmo, inclusive, espero que Lauren me recepcione assim. – Eles gargalharam.

— Ela vai... nunca vi Lauren tão ansiosa.

— Ela não sabe que eu estou aqui.

— Não comentamos nada... achamos uma surpresa melhor.

— Eu preciso pedir pessoalmente a mão de Lauren. Vocês me concedem essa honra?

— Claro. Se ela não quiser... eu quero. – Clara disse e eu corei.

— Eu também. – Mike disse e acabei gargalhando.

— Pelo que Lauren me falou, você vai sofrer um pouco, amor. – Mike levou as mãos ao bumbum e me peguei soltando outra gargalhada.

— Esquece isso então. Vamos tomar um café.

Eles não me deixaram ir sem pelo menos tomar um café. Pedi o endereço de Lauren e eles me entregaram, mas me deram o endereço da revista, pois ela estaria lá.


×××



Na recepção... eu fiquei imaginando um jeito de chegar em Lauren sem ser anunciada. A moça da recepção ficou me encarando por um tempo.

— Posso ajudar?

— Sim... eu sou a escritora, K. – Ela arregalou os olhos e pegou o telefone. — O que vai fazer?

— Avisar meu chefe... tudo relacionado a você deve ser passado pra ele. Alô, Nick? A escritora K está aqui... – Eu peguei o telefone da mão dela.

— Deixe que eu falo com ele.

— Como assim?

— Oi. Sou eu... eu queria visitar a Lauren, você pode me levar a sala dela sem me anunciar?

— Tudo bem. Eu conheço você, Lauren me mostrou uma foto sua, só vou conferir seu rosto.

— Vou aguardar. – Entreguei o telefone pra ela. — Desculpe. Eu só queria fazer uma surpresa a Lauren.

— Tudo bem. Quer um café ou uma água?

— Obrigada. – Ela sorriu.

— Logo... um cara sarado se aproximou de mim.

— Minha salvação. Você salvou minha editora.

— Não fiz nada demais.

— Fez. – Ele tocou meu ombro. — É um prazer conhecer você. Quer conversar com Lauren?

— Sim. Resolvi fazer uma surpresa pra bela Lauren.

— Bela mesmo. Essa é a nova sala dela... regalia pela obra de arte que foi a matéria dela... sobre você.

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