Capítulo 12 - Gosta dela?

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Camila Cabello  |  Point of View





Eu estava pensativa. Que ajudinha Lauren me daria? Essa ansiedade está me matando. Peguei meu celular.

Eu: Sapata... Estou pirando.

Velcro: O que houve? Gozou na calça de novo? Hahahaha.

Eu: HÁ HÁ! Gracinha! Foi um acidente.

Velcro: Um? Um por hora.

Eu: Você não entende de pau. Pare de zoar.

Velcro: Desculpe. Não aguentei... como você hahaha.

Eu: Porque eu ainda converso com você?

Velcro: Sério. O que houve?

Eu: Lauren... hoje eu comentei que não estava segurando a barra muito bem e ela disse me daria uma ajudinha. Será que vamos transar?

Velcro: Acho que não. Acho que quando ela decidir fazer isso, ela vai te avisar antes.

Eu: O que será então? Coloco cueca nova?

Velcro: Coloca. Ela vai bater uma pra você. Eu acho.

Eu: Faz sentido. Obrigada.

Velcro: Faz. Estamos aí.

Eu tomei um banho e vesti uma cueca branca. Uma bermuda preta e uma camisa dos Dallas Cowboys.

Desci as escadas e minha mãe estava cozinhando.

— O que vai sair de bom?

— Strogonoff. Será que a Lauren gosta?

— Ela vai gostar do seu. Você cozinha bem pra caramba.

— Obrigada... eu acho. Mas... colocou a camiseta dos Cowboys. Noite especial.

— Não... é que a Lauren é tão linda... se veste toda princesa. Queria ficar bonitinha.

— Você é linda, filha. E ela gosta de você do jeito que é. Acho que ela nem ligaria se você estive toda suja e desgrenhada.

— Talvez... Mas não custa agradar um pouco.

— Você gosta mesmo dela?

— Eu venho me perguntando isso há dias, mãe. Eu gosto muito dela... de ficar com ela... sei lá. Ela está me mudando muito e não porque ela pede... eu só quero agradar ela.

— Isso é bom. E o psicólogo?

— Ele tem sido fundamental. Eu me arrependo de não ter conhecido ele antes de fazer tanta merda.

— Contou pra Lauren sobre a outra garota?

— Não tive coragem. Acho que nunca vou ter.

— Acha que é a decisão certa?

— É a única que consigo fazer. – O interfone tocou e minha mãe atendeu.

— Oi... sim... claro. Ela tem a entrada autorizada sempre. Não a deixe esperando, Max. – Ela desligou. — Sua princesa chegou.

— Para, mãe. – Ela sorriu.

— Não demorem se pegando lá fora para o jantar não esfriar.

— Não posso prometer nada. – Eu disse e ela negou.

Caminhei até o jardim e ela estava com uma mochila nas costas. Corri para ajudar a bela garota, que vestia um short jeans e uma camisa do Nirvana. Os cabelos estavam presos em um coque frouxo e ela tinha o sorriso radiante. Peguei a mochila e pousei sobre o meu ombro.

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