Yara: E esse neném como está? -Falei passando as mãos na pequena barriga dela.
Gabi: Igual o teu irmão, preso. -Ela falou dando risada.
Nada muito drástico era somente Yago que tinha sido preso mais uma vez, logo quando descobriu que iria ser pai.
Eu o avisei por diversas vezes até que aconteceu de novo, fico preocupada e triste por isso está se repetindo mais uma vez, porém infelizmente ele segue dando ouvidos somente as próprias ideias.
O nosso maior alívio foi saber que ele iria ser transferido já que se ele permanece aqui, no fundo sabíamos que ele não iria nem ser levado até o presídio com vida.
Yara: Ele já deve está com saudade. -Falei enquanto cortava alguns legumes.
Gabi: Ontem quando conversei com ele, a única coisa que ele me disse é que era pra vim te ver. -Ela falou se sentando na mesa.
Yara: Missão difícil né, nem parece que vive aqui. -Falei com deboche vendo ela me mostrar a língua.
Quem inventou essas facas que escorregam pelas mãos em?
Só percebi que havia me cortado quando o sangue começou a pingar.
Gabi: Joga sal Yara, coloca essa mão embaixo da torneira caralho. -Ela falou se levantando desesperada vindo na minha direção, enquanto eu só conseguia da risada.
Os gritos da Gabi e a minha risada, fez com que o meu gatinho acordasse, a cena é a coisa mais engraçada que eu já vi.
Ele chegou na cozinha com a cara toda amassada esticando os braços na minha direção.
E é assim sempre que ele acorda, passa uns vinte minutos abraçado em mim.
Quando ele se deu conta de que eu tinha me cortado ele ficou imóvel.
Gabi: Matias faz alguma coisa, sua mulher tá perdendo sangue aqui. -Ela falou olhando pra ele.
Eu já não me aguentava mais de tanto da risada.
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Já tinha passado um tempo, Gabi já havia ido embora e o meu enfermeiro cuidava do meu ferimento.
Moreno: Não vai usar faca mais pô. -Ele falou fazendo um curativo no corte.
Acho incrível como de um pequeno corte pode sair tanto sangue.
Moreno: Falta de atenção amor, quase acontece uma parada pior. -Ele falou beijando minha mão.
Yara: Ainda bem que eu tenho um enfermeiro a minha disposição. -Falei sorrindo subindo no colo dele.
Moreno: Tu só se machuca pô nunca vi. -Ele falou deitando o rosto no meu pescoço.
Fiz menção de que iria levantar mais ele não deixou.
Yara: Muito tóxico tu Matias. -Falei fazendo ele olhar pra mim.
Moreno: "Tochicu" nada pô, tu que me fez acordar sem o teu abraço. -Ele falou prendendo o riso.
Fiquei quietinha passando minhas mãos pelo corpo dele descoberto pela falta da camisa.
Yara: De repente suas coisas vieram todas pra cá né. -Falei chamando atenção dele e olhando ao redor de nós, já que em cada cantinho do meu quarto havia alguma coisa dele.
E chega a ser engraçado o novo desing do meu quarto e do restando da casa com as coisas dele.
Onde era o lugar do meu abajur hoje ele usa pra dependurar as correntes, nossos chinelos de tomar banho ficam um do lado do outro logo na estrada do banheiro.
E tudo hoje ao meu redor tem um pouquinho dele, e o melhor disso tudo é que hoje não me sinto sozinha.
Antes dele chegar em minha vida eu jamais imaginei que dividiria o espaço do meu guarda roupa ou o cantinho da minha cama e muito menos os meus dias.
Moreno: Me mudei pro seu barraco e pro seu coração. -Ele falou de olhos fechados.
Yara: E ainda bem. -Falei sentindo ele me abraçar ainda mais forte.
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